Apesar de Starfield não ter sido nem metade do jogo que prometeu, ainda o considero um título de RPG de ficção científica bastante competente em diversos aspectos, e isso é suficiente para me fazer retornar ao jogo e experimentar sua expansão: Shattered Space. Será que ela consegue resolver ou melhorar os problemas estruturais do título?
Uma trama de mistério
Nossa história na expansão Shattered Space começa quando recebemos um misterioso sinal de socorro vindo de uma estação espacial não registrada, o que nos leva a investigar um culto atrelado a Casa Va’ruun, da qual já haviamos sido apresentados nos jogo base. Descobrimos os motivos que levaram à sua catástrofe, e essa é a premissa inicial da expansão. Devo dizer que minha curiosidade foi rapidamente capturada, e eu estava imerso na história.
A trama se propõe a colocar religião e ciência em um novo conflito, com todo o debate se passando no planeta Va’ruun’ka, que serve de palco para o desenrolar da história. É aí que reside o problema: a trama acaba perdendo muita força à medida que avançamos. Embora seja um RPG em que fazemos escolhas, as consequências não são tão impactantes quanto se imaginava.
A duração também é um ponto negativo, embora compreensível, uma vez que tudo se passa em um único planeta. A campanha principal dura em torno de 3 horas, e chega a 10 horas se completarmos todos os objetivos secundários, o que faz com que seja mais adequado classificá-la como uma DLC, e não exatamente como uma grande expansão que traz inúmeras novidades e uma nova campanha substancial. Nesse aspecto, fiquei com a sensação de potencial desperdiçado.
Va’ruun’ka: planeta “feito à mão”
O grande palco da nossa nova aventura é o novo planeta Va’ruun’ka e os desenvolvedores prometeram aqui que este seria um planeta “feito a mão” no sentido de que tudo foi feito com muito cuidado e carinho, sendo uma experiência planejada em cada parte deste planeta. Diferente do que é, onde normalmente os planetas tem suas atividades geradas aleatóriamente.
Em certos aspectos, acho que funcionou para poder contar a história que se propõem sim e pela sua qualidade visual que abandona o cinza e verdes caracteristicos de outros planetas genéricos do jogo, ao abordar uma coloração em tonalidade roxa, vermelhas e rosa, o que cria um aspecto visual muito satisfatório e dá uma idêntidade única para o lugar.
Além disso, explora-lo para realizarmos missões prinpicipais e secundárias também é bastante satisfatório, novamente pelo fato de toda a experiência ser moldada com mais carinho e atenção, ao invés de um “gerador aleatório, nesse aspecto fiquei satisfeito em explorar esse planeta em Starfield.
Jogabilidade trás poucas novidades
Na parte de jogabilidade de Starfield: Shattered Space, as coisas não mudaram drásticamente, e novos sistemas que poderiam agregar ou renovar a jogabilidade não foram adicionados. O que temos aqui é um shooter em primeira ou terceira pessoa, fortemente embasado em ficção científica, desde as armas, armaduras e habilidades em geral.
Em termos práticos, a jogabilidade funciona e a expansão de Starfield adiciona algumas novas armas e equipamentos. No entanto, como você já possui uma build bem definida e uma forma de jogar, dificilmente fará mudanças drásticas para usar os itens oferecidos em Shattered Space.
Esse é um aspecto decepcionante, visto que não existem adições relevantes o suficiente para que possamos mudar ou repensar nossas formas de jogar Starfield: Shattered Space. Contudo, um ponto positivo é que a DLC se adapta ao nível do seu personagem, permitindo que você a acesse no momento que desejar, realizando todas as suas atividades sem a impressão de que está fácil demais.
Experiência geral em Starfield Shattered Space
Para o resumo da ópera, temos então, uma campanha curta que tinha um potencial de entregar uma grande história, mas acaba falhando conforme o desenvolvimento vai acontecendo. Há poucas adições relevantes no aspecto da jogabilidade, um novo planeta com atividades interessantes, porém limitadas e não muito surpreendentes.
Mecânica e tecnicamente, também não é adicionado nada grandioso que mude completamente a experiência já conhecida do jogo base. Esse conjunto que é entregue nos faz questionar se essa expansão não poderia simplesmente ser uma atualização gratuita e se a Bethesda não poderia ter tido mais coragem para trabalhar e melhorar o conteúdo apresentado no jogo, além de muitos outros pontos que seriam interessantes de serem trabalhados. No final, o que recebemos aqui é mais Starfield, porém em um único planeta roxo. É bom, mas não é o suficiente.
Essa review de Starfield: Premium Edition foi escrita através de uma cópia de review para PC, gentilmente disponibilizada pela Bethesda. Caso queira conferir nossa review completa sobre o jogo base e tudo que ele oferece, pode clicar aqui.
O Review
Starfield - Shattered Space
A expansão de Starfield apresentava um grande potencial, com um início forte e intrigante. No entanto, não oferece adições suficientes para ser considerada uma verdadeira expansão. A inclusão de apenas um novo planeta e poucas atualizações em equipamentos e armas não justificam o que poderia ser apenas uma simples atualização.
PRÓS
- Ambientação diferente
- Premissa interessante
CONTRAS
- Pouco conteúdo
- Campanha curta
- História mal desenvolvida