Blasphemous 2 chegou ao mercado após um aguardado intervalo de 4 anos desde o lançamento de seu antecessor. Se você ainda não está familiarizado com a franquia, este jogo coloca os jogadores no papel do Penitente, cuja missão é purificar uma terra assolada pelo mal e redimir-se de seus próprios pecados. O primeiro jogo conquistou uma legião de fãs por sua jogabilidade 2D, que evoca as lembranças dos clássicos Castlevania e Super Metroid.
Uma coisa que já posso falar na minha análise é que Blasphemous 2 é uma aprimoração do primeiro jogo e melhora vários pontos que iremos abordar durante o texto.
O mal não descansa
Blasphemous 2 continua diretamente a partir da DLC “Wounds of Eventide”, levando o Penitente a uma nova terra onde ele enfrenta os guerreiros do milagre. A história é envolvente e apresenta novos personagens que enriquecem ainda mais o lore do mundo do jogo. O enredo nos lembra das sagas épicas de Castlevania, onde a jornada do protagonista envolve fortalecer-se para enfrentar um mal maior.
Uma das escolhas cruciais que os jogadores enfrentam no início de Blasphemous 2 é a seleção de uma das três armas:
- Sarmiento e Centella: Duas espadas curtas com ataques rápidos.
- Veredicto: Uma arma pesada com uma bola gigante na frente, extremamente letal e de alto dano.
- Ruego al Alba: Uma espada que se assemelha à do primeiro jogo, equilibrando ataques médios e dano moderado.
Esta escolha não apenas define o estilo de combate do jogador, mas também influencia o caminho inicial no jogo. Embora seja possível completar o jogo com uma única arma, exploradores que desejam desbravar 100% do mapa precisarão encontrar outras ao longo da jornada. As armas em Blasphemous 2 não se limitam ao combate, elas também abrem acesso a novas áreas e ativam objetos. Além disso, o poder de dano das armas pode ser aprimorado por meio das Marcas de Martírio encontradas durante a aventura.
Melhorias e Resistências:
Durante a jornada, o Penitente pode adquirir resistências valiosas por meio de melhorias oferecidas por NPCs. Essas melhorias incluem o aumento do frasco de vida, a capacidade de transportar mais objetos com as cordas de rosários e a obtenção de novas habilidades por meio do Retábulo das Benesses. Este último permite ao jogador combinar imagens para criar novas habilidades, proporcionando uma personalização única ao personagem.
Exploração e Desafios:
Blasphemous 2 bebe muito do sistema Metroidvania, em que o jogador vai e volta no mapa, existência de passagens secretas e sub-quests, entre outros. Os mapas podem ser acessados com facilidade e são muitas áreas para nenhum fã colocar defeito. Como mencionado acima, será necessário explorar cada canto para deixar o personagem mais poderoso e sofrer menos durante a jornada.
Agora talvez um ponto que pode frustrar os jogadores. Diferente do primeiro jogo, a sequência está menos punitiva e você não morre com tanta facilidade, o que fez o primeiro game ficar conhecido como Dark Souls 2D. No segundo jogo, os maiores desafios ficam para os chefes.
Arte que cativa:
A qualidade visual dos mapas e dos personagens em Blasphemous 2 é notável. Os personagens são vívidos e a trilha sonora é uma obra-prima à parte. Tudo foi meticulosamente projetado para mergulhar os jogadores em um mundo de medo e inspiração, evocando uma estética clássica inspirada em artistas renomados como Juan Martínez Montañés, Bartolomé Esteban Murillo e Francisco de Goya.
Vale a pena jogar Blasphemous 2?
Blasphemous 2 representa uma melhoria substancial em relação ao primeiro jogo. Com uma história envolvente, um mapa rico em detalhes e novas mecânicas, é uma experiência sólida para os fãs do gênero. No entanto, a redução na dificuldade dos inimigos pode desapontar os jogadores que buscavam o desafio característico de “Dark Souls“. Em resumo, Blasphemous 2 é uma das melhores histórias de 2023 e mal podemos esperar pelo terceiro capítulo dessa empolgante franquia.