Primeiramente, vale lembrar que Bright Memory: Infinite é um título indie produzido por um único dev chinês: Zeng “FYQD” Xiancheng.
Dito isso, Bright Memory: Infinite é um jogo de FPS de ação, onde os combates frenéticos certamente chamará a atenção dos amantes do gênero. Antes de aprofundar mais no combate do jogo, vamos falar um pouco de sua narrativa (ou a falta dela).
Narrativa vazia
A narrativa do jogo é focada em Sheila, uma agente especial da SRO (Science Research Organization) – uma espécie de FBI da ciência – que recebe um telefonema de seu superior e precisa investigar uma anomalia, um buraco negro que se abriu misteriosamente na terra.
O jogo brinca com o futuro e o ancestral. Lutamos com soldados cheio de equipamento tecnológicos e guerreiros de espadas e escudo, tudo isso sem muita explicação. Não espere por respostas em Bright Memory: Infinite, sua narrativa é totalmente descompromissada, é só um plano fundo para muita ação.
Durante a jornada do jogo, sabemos pouco ou quase nada da protagonista. É impossível ter algum sentimento por Sheila ou entender sua motivação. Quanto ao vilão, o título até tem um pra chamar de seu, mas muito pouco é contado ou mostrado para que o jogador sinta prazer em vence-lo. Apesar de alguns diálogos entre protagonista, aliados e os vilões, Bright Memory: Infinite é calado, é morto quando o assunto é narrativa.
Evidentemente a narrativa não é o foco do jogo, mas ela poderia ter um pouco mais de atenção.
Combate viciante
Se falta narrativa, sobra ação! Bright Memory: Infinite é um dos FPS gostoso de jogar, com combates que prendem o jogador. Por diversas vezes, me vi jogando um game da franquia Call of Duty: Black Ops.
Além das armas de fogo, Bright Memory: Infinite traz um ar medieval, com lutas de espadas e combates que vão te lembrar Sekiro ou Ghost of Tshusima, por exemplo. Essa mistura traz algo bem promissor, que poderia ter sido melhor explorado e explicado no jogo.
A ambientação e trilha sonora do game dão um show à parte. Suas paisagens e sons trazem muito da cultura oriental. Os inimigos, principalmente os sobrenaturais são muito bem construídos.
Inegavelmente a ambientação do jogo é digna de um tiplo AAA.
Quanto a movimentação do jogo, ela nos permite: deslizar no chão, esquivar para os lados, correr, usar um sistema de parry e até andar em algumas paredes. Já nosso arsenal conta com um fuzil de assalto, shotgun, sniper e uma pistola. Todas elas possuem um modo de dispara secundário – por isso é bom ficar atento em qual momento utilizar seu tiro mais potente.
Sheila também pode usar uma espécie de poder, o PEM que é usado para atordoar, prender e até puxar os inimigos. Sheila também usa um gancho de PEM para se locomover em determinados locais do cenário.
Existe também uma árvore de habilidade bem simples no game, onde é possível upar o nosso Braço da Enoxuidade (PEM), a Lâmina da Luz e Arma.
Quanto a dificuldade do jogo, são 3 modos disponíveis incialmente (fácil, médio e difícil) é um modo very hard (super difícil) é liberado após finalizar o jogo no modo mais difícil.
Por fim, vale destacar que o game é extremamente curto! Embora tenha finalizado com pouco mais de duas horas de gameplay, é possível concluir o jogo em menos de 90 minutos.
Bright Memory: Infinite vale a pena?
Bright Memory: Infinite entrega uma boa experiência para os amantes de FPS. Contudo, não espere por uma narrativa decente, talvez você, assim como eu, não entenda nada do que está rolando ali – e tá tudo bem. O game traz uma protagonista vazia que ainda é sexualizada com skin de biquíni para comprar, e tem uma curta duração. No Steam o jogo custa R$ 37,99, é um bom preço pelo combate insano que o game entrega, mas tenha em mente que Bright Memory: Infinite tem apenas isso a oferecer.
O game será lançado para PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC em 21 de julho.
Essa análise foi feita com uma cópia gentilmente cedida pelo FYQD-Studio.