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Análise | Cult of the Lamb

Cult of the Lamb

Produzido pela Massive Monster e publicado pela gloriosa Devolver Digital, Cult of the Lamb chegou com uma proposta ousada, ser um roguelike/gerenciador de tarefas atrativo, trazendo em sua bagagem fofura e ocultismo. Bom, essa mistura no mínimo inusitada, rendeu um filho de Dark Souls com Animal Crossing, mas que tem identidade própria.

O pacto

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(Imagem: captura de tela/Rebeca Pinho)

O jogo começa mostrando o nosso protagonista, um inocente cordeirinho prestes a ser sacrificado em um ritual para manter uma criatura acorrentada. O ritual, no entanto, não dá certo e o cordeiro acaba voltando à vida após firmar um pacto com “Aquele Que Espera” – a própria criatura acorrentada. Nosso objetivo no jogo é criar um culto e reunir forças para eliminar os quatro bispos e libertar nosso mais novo mestre. 

O jogo tem alguns poucos diálogos que acontecem em balões de fala semelhante aos de historias em quadrinhos, sem voz. Na verdade, os personagens até emitem uns sons meio estranhos. Essas poucas conversas não acrescentam muito a história do jogo. Cult of Lamb não tem uma narrativa instigante, esse papel de prender o jogador fica com o conjunto da obra – e acredite, o jogo faz isso muito bem.

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(Imagem: captura de tela/Rebeca Pinho)

Louvado seja o vosso culto 

Como objetivo central, inclusive dando nome ao jogo, nosso objetivo principal é gerir bem o nosso culto. Para isso, é preciso recrutar novos membros, pregar sermões para aumentar a fé dos seguidores e muito, muito mais. Cult of the Lamb tem uma grande gama de tarefas a serem feitas dentro da nossa base, o que torna o jogo rico em conteúdo, deixando bem longe a chance do jogador se entediar com essa etapa do jogo.

Certamente grande parte dos jogadores sentiram uma vibe Animal Crossing e é bem por aí mesmo. O lado gerenciador de tarefas do game é bem divertido e diverso, com a possibilidade de personalizar as instalações, os seguidores e também nossas habilidades de combate. Quase sempre há algo novo para fazer, descobrir ou uma escolha que interfere não só em nosso culto, mas também durante as dungeons.

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(Imagem: captura de tela/Rebeca Pinho)

O gerenciamento do seu culto (fieis e instalações) é parte importante de Cult of the Lamb. Esteja pronto para bancar o profeta – pregando sermões, o cozinheiro – responsável pela alimentação de todos, e até mesmo o faxineiro – encarregado de limpar o coco de seus fies.

Dentro do culto é onde são feitos também os upgrades do personagem, e também os de sua base. Através de orações realizadas pelos fies e através de coletas realizadas em outros santuários, é possível acumular inspiração divina, que ao ser acumulada liberar novas construção para a base. Já através dos sermões, o jogador consegue pontos para progredir na árvore de habilidades do personagem.

Mandar fies para expedições em busca de itens, levar para prisão algum seguidor que esteja virando a casaca. Cult of the Lamb é cheio de surpresas, quase sempre há algo novo para fazer.

Com tanta novidade e a variedade de upgrades disponíveis no jogo, é natural que o jogador se sinta um pouco perdido no início, no entanto, com um pouco de tempo e atenção aos tutoriais, ele estará apto para ser um bom mestre para o seu culto.

Cult of the Lamb cena
(Imagem: captura de tela/Rebeca Pinho)

Cordeiro valente

Cult of The Lamb também um bom rouguelite. Para quem não está habituado com o gênero, todas as dungeons do game são diferentes, e dentro delas você pode conquistar habilidades temporárias, armas e escolher qual caminho seguir até chegar no chefão.

Na hora de traçar sua rota, é preciso levar em consideração qual recursos você quer coletar: um novo seguidor, alimento ou até novas armas e habilidades.

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(Imagem: captura de tela/Rebeca Pinho)

O combate do game é bem simples: podemos usar uma ataque comum, um poder especial usando a coroa, se esquivar e se defender. O jogo oferece quatro opções de dificuldades: fácil, médio, difícil e muito difícil, o que torna Cult of the Lamb extremamente acessível. No modo médio (recomendado pelos desenvolvedores), o jogo traz um certo desafio no combate, mas é algo totalmente escalável, nada perto de outros jogos do gênero.

A campanha principal de Cult of the Lamb dura cerca de 15 horas, e provavelmente você vai querer repeti-la, seja para ter um desafio maior ou para montar um novo culto com uma nova arvore de habilidades.

Cult of the Lamb vale a pena?

Cult of the Lamb é uma mistura inusitada que deu muito certo. Certamente o título da Massive Monster e Devolver Digital, é um dos melhores jogos indie de 2022. O jogo é divertido, viciante, acessível e tem uma direção de arte fascinante. Menus e legendas estão em português e a parte sonora traz toda atmosfera do jogo pra lá de fofo que até tenta ser das trevas, mas não consegue. Louvado seja o fofo cordeiro 🙏

nota de Cult of the Lamb
Esta análise do game foi feita no PC com uma cópia cedida gentilmente pela Devolver Digital.

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