De volta ao apocalipse
Após mais de 12 anos desde o lançamento do jogo original, chega às lojas no dia 21 de abril o Dead Island 2, jogo frenético de matança de zumbis. E por terem se passado vários anos entre ambos os jogos, o salto de qualidade será grande, principalmente visualmente e na questão de jogabilidade. Portanto, para saber tudo sobre o novo game de Dead Island, fique até o final da análise.

Enredo e personagens em Dead Island 2
Dead Island 2 traz um enredo um tanto parado no tempo, com uma trama superficial, algo que era bastante visto em jogos da geração do PS3 e Xbox 360, em que o foco era partir direto para a ação, sem muita enrolação e sem desenvolvimento brando da história. Aqui, em Dead Island 2, essa fórmula é seguida à risca, pois começamos em um avião que acaba caindo em Los Angeles ao tentar fugir para algum lugar seguro dos zumbis. A partir daí, o seu personagem começa uma luta pela sobrevivência praticamente do começo ao fim, com pequenas sessões de cutscenes.
Sobre isso, mesmo que pareça que o jogo seja de 2013 e não de 2023 em questão de história, esse ritmo frenético ajuda na imersão do jogador, que a todo momento está buscando sobreviver com seu personagem.
Outro aspecto presente aqui é a seleção de personagens, algo que também havia no primeiro jogo. Podemos escolher entre seis personagens, cada um com suas habilidades especiais e atributos próprios. Entretanto, a história permanece a mesma para todos os personagens.







Ainda na parte de história e personagens, muitas vezes durante a jogabilidade, é fácil esquecer que existem outros personagens, já que nem mesmo o seu personagem é bem desenvolvido, quem dirá os demais.
Acabar com Zumbis em Dead Island 2!
A parte da gameplay em si foi uma das que não me agradou muito, pois em diversos momentos senti que estava jogando um game de 2013 no PS3 ou Xbox 360. Mesmo que o jogo esteja rodando em um PS5, em alguns momentos parecia muito “travado”, o que é ruim, principalmente se compararmos com outros jogos do estilo, como Dying Light. E mesmo que o jogo traga algumas coisas novas, a sua gameplay ultrapassada prejudica a jogabilidade, uma vez que você está em uma cidade infestada de zumbis e precisa muitas vezes escapar para se salvar, e por exemplo, o personagem demora muito para pular por um carro.
Então, mesmo que mecânicas como a voadora e o ataque pesado diretamente no inimigo sejam legais e divertidas dentro do jogo, outros aspectos acabam ofuscando esses pontos que poderiam ser incríveis.
Outro ponto a ser mencionado é a interação com o cenário, isso sim é um ponto positivo da gameplay, pois o ambiente é vivo e pode ser usado no combate com os Zumbis. Galões de água e gasolina podem ser usados para, por exemplo, criar uma poça de água e, com um choque elétrico, eletrocutar uma área ou alguns inimigos, ou o mesmo pode ser feito jogando gasolina em uma região ou em alguns inimigos e, em seguida, usando o fogo a seu favor.

Outro ponto importante a ser mencionado é que o jogo não possui dublagem em PT-BR (pelo menos na versão antecipada que joguei). Isso mostra que o jogo seguiu na contramão da maioria dos games atuais que se preocupam em localizar seus jogos para todas as regiões.
Armas e upgrades
Uma das partes mais importantes de todo jogo de zumbi são os arsenais de armas presentes no jogo, e aqui em Dead Island 2, os jogadores não precisam se preocupar com isso, pois a variedade de armas presente no game é gigantesca, indo desde uma faca de cozinha até uma espada samurai com poderes de choque. Aliás, esses poderes são um grande ponto positivo do game, já que trazem uma mecânica de gameplay muito legal ao permitir que o jogador modifique qualquer arma para que ela fique mais poderosa, causando assim mais estragos nos zumbis.

Na parte dos upgrades, Dead Island 2 se sustenta com cartas que são liberadas ao passar de nível. Essas cartas concedem ao jogador habilidades especiais como “recuperação mais rápida”, “maior velocidade”, “mais dano” e assim por diante. No entanto, nem todas as cartas poderão ser acionadas, sendo necessário escolher 3 para serem utilizadas. Se combinadas e unidas ao seu estilo de jogo, tornam o jogo ainda mais divertido e dinâmico. A partir do momento que você se acostuma com o estilo do jogo, ele fica fácil de assimilar.

Dead Island 2 é um jogo lindo graficamente
Se em termos de gameplay e enredo, o jogo parece ter estacionado em 2013, graficamente isso não aconteceu, pois o jogo traz um visual incrível. Durante a jogatina, muitas vezes me peguei parando apenas para olhar a vista e suas praias.
A escolha de Los Angeles auxilia nisso, pois assim como na franquia GTA, jogo do qual Dead Island bebeu muito da fonte para criar o mapa, o ambiente é muito característico, com praias, mansões, montanhas e lugares paradisíacos.

Outro aspecto da parte gráfica é a mecânica de impacto nos inimigos, que em Dead Island 2 é a melhor que já vi neste quesito. Os inimigos realmente sentem a pancada, por exemplo, se você acerta um golpe em cheio na perna do inimigo, a perna dele é desmembrada e ele passa a se rastejar para tentar te atacar. O mesmo acontece com as outras partes do corpo dos inimigos.
Um exemplo disso foi em determinado momento da minha jogatina, onde me vi cercado por zumbis. Então, dei um ataque pesado com uma marreta, mirando para baixo, o que derrubou alguns inimigos, possibilitando-me pular e me salvar. Com esse exemplo, podemos também dizer que essa mecânica muda a forma como se joga o jogo, já que o jogador pode usar isso a seu favor na hora da jogabilidade.
Vale a pena jogar Dead Island 2?
Dead Island 2 parece ter estagnado no tempo, principalmente por ter utilizado materiais criados logo após o primeiro jogo e por conta de seus vários anos de desenvolvimento, o que o torna monótono e antiquado, mas isso não retira totalmente seus méritos, como mecânicas de impacto inovadoras e um visual belíssimo. Além disso, o mais importante é que isso não afeta o quão divertido o jogo pode ser para os jogadores amantes do gênero de zumbi.
