A humanidade por ser frágil
Enfim o tão aguardado e um dos jogos mais hypados do ano teve seu lançamento, Dying Light 2: Stay Human chegou para todos no dia 3 de Fevereiro de 2022, após ter sido adiado anteriormente, foi mostrado trechos da história e gameplay em vários eventos e ter ganhado prêmios na E3, gamescom, gamesradar e mais.

O pesadelo continua
Dying Light 2: Stay Human têm uma história única e nova, seguindo a mesma essência de seu antecessor, precisamos sobreviver com o que temos, enfrentar muitos inimigos, comuns, especiais e tomar cuidado com a noite, porém não tem ligação com o primeiro Dying Light, claro que é citado em alguns trechos referências de personagens e eventos do jogo, mas em Dying Light 2: Stay Human temos uma nova história.
O segundo jogo se passa mais ou menos 20 anos depois do primeiro, ou seja muita coisa aconteceu, uma nova geração de pessoas que eram crianças na época, cresceram e se tornaram adultos agora construindo suas próprias histórias, jogamos com Aiden Caldwell um jovem que sofria experimentos junto com muitas outras crianças por um médico maluco que tentava achar uma possível cura ou fortalecer a mutação, tornar o vírus incontrolável talvez, o clássico vilão insano de filmes de terror.

Sozinho e buscando respostas
A trama é muito interessante, prende nossa atenção, o protagonista Aiden está em busca de sua irmã que está com ele nos experimentos malucos e com as outras crianças que fizeram parte dessa loucura, então chegamos a cidade em busca da nossa irmã, em busca de respostas, será que existe algum sobrevivente das experiências, assim como nós?
Dying Light 2: Stay Human traz uma novidade que não tinha no primeiro, nós temos o poder da escolha em vários diálogos, seguir um caminho ou outro? Enfrentar certos inimigos ou não? Tentar negociar, pedir trabalho? Existem duas possibilidades em várias missões, o que é muito legal mas é um pouco vago em certos momentos, certas vezes apenas duas escolhas deixam mais dúvidas do que certezas.

Como é pular pela cidade?
O Parkour é algo clássico de Dying Light, claro que não podia ser diferente em seu segundo jogo, podemos pular em prédios com manobras incríveis, fugir dos infectados, ganhar vantagem de terreno e muito mais.
Todo parkour que é feito dá uma quantidade de XP, pular em carros, obstáculos, o jogo é basicamente dividido em duas categorias, parkour e combate, se você bate nos inimigos, você ganha XP de combate e se pula pela cidade, ganha XP de parkour, e se você for corajoso o jogo te incentiva a sair a noite, se jogar durante a noite a quantidade de XP de tudo é dobrada mas se morrer, você perde todo XP que conseguiu durante a noite.

Referência ao Parkour
Como já mencionado anteriormente, Dying Light é um jogo que ficou muito conhecido por unir combate e mobilidade do esporte radical Parkour, e em Dying Light 2: Stay Human eles fazer uma referência incrível ao esporte, tendo David Belle em seu elenco, para quem assistiu um filme antigo chamado “Distrito 13” vai reconhecê-lo, mas ele não é conhecido apenas pelo filme.
David Belle é francês e considerado por muitos um dos pais do Parkour, ele é um dos criadores do esporte e nada melhor do que uma homenagem em um jogo em que a mobilidade faz tanta diferença.

Tudo pode ser usado
Como todo bom RPG, Dying Light 2 tem várias mecânicas do estilo e outra mecânica de jogo muito legal é o craft, tudo que você coleta durante o jogo pode ser usado, então fique ligado para não deixar nada passar, componentes eletrônicos, oxidantes, fios, mel, ervas, flores e muito mais, a lista de itens coletáveis é longa.
Um martelo pegando fogo, ou uma katana que elétrica que corta dando choque nos infectados, o forte em Dying Light são as armas brancas já que armas de longo alcance são raras, podemos modificar uma quantidade significativa de armas durante o jogo para causar mais dano, evitar o contato do inimigo e assim por diante.

Estamos infectados e lutando contra o vírus
Como podemos notar até aqui, Dying Light 2 é cheio de mecânicas incríveis e não para por aí, na primeira hora de gameplay Aiden é infectado assim como praticamente todo mundo na cidade, porém como se passaram anos, a humanidade aprendeu a lidar com a infecção.
A princípio temos um determinado tempo até que a infecção tome conta do personagem e mate ele, mas podemos resetar este tempo perto de luzes e bastões UV, itens consumíveis e prolongar este tempo ainda mais conforme avança no jogo e coletamos inibidores, ou seja, explore cada centímetro do mapa, não saia pulando pelas casas sem prestar atenção, é uma mecânica nova e diferente.

Qualidade e desempenho
Dying Light 2 não traz uma evolução gráfica muito grande para os jogos atuais, ele é sim muito bonito e da pra tirar muitas fotos incríveis pelo mapa, mas ele lembra muito a qualidade do primeiro jogo da franquia, o que não é ruim pois eram gráficos maravilhosos para época, eu joguei no PC com as configurações no alto com DLSS em qualidade ativado, em FULL HD 1080p e tive uma media boa de 60 a 80 FPS, numa configuração de computador com AMD Ryzen 5 5600X, RTX 2060 Super de 8gb e 32Gb de memoria RAM, o jogou rodou bem com apenas algumas quedas de FPS, mas nada que um ajuste de configurações não resolva, a vantagem de se jogar em um PC é a flexibilidade para ajustar qualidade e desempenho do jogo, claro que pra quem busca tudo no ultra e um bom desempenho pode sofrer um pouco, em alguns momentos o jogo tem quedas de FPS que não deveriam ter.
Jogadores reclamaram do jogo rodar apenas a 30 FPS no Xbox Series S, mas como joguei no PC, num geral, consegui jogar, me divertir sem problemas, não ligo muito de rodar um jogo a 1440p ou 4K, acredito que é uma tecnologia de difícil acesso pra muita gente, então eu prefiro o FULL HD, se o jogo rodar bem em FULL HD e 60 FPS pra mim já está maravilhoso, e claro que condizente com a configuração do computador, mas sim de fato poderia ser melhor graficamente e ter um desempenho um pouco melhor, vamos aguardar atualizações futuras agora que o jogo foi entregue para todos e os desenvolvedores vão ter o nosso feedback para correções de bugs e problemas de desempenho.

Vale a pena jogar Dying Light 2: Stay Human?
Mas e então vale a pena jogar Dying Light 2? Sinceramente pra mim foi o melhor lançamento do ano até agora, e se você for fã de jogos de sobrevivência, que da pra jogar cooperativo com os amigos além de jogar sozinho que também está muito bom, sem dúvidas nenhuma vale a pena, se você gosta de buscar o 100% dos jogos, Dying Light 2 vai te render boas e longas horas de gameplay, é divertido e desafiador e cada vez que avança mais na historia e aprende uma mecânica nova, da mais vontade ainda de continuar jogando, fazia muito tempo que um jogo não me prendia por horas seguidas e Dying Light 2 conseguiu fazer isso com maestria, não é enjoativo pois você pode mudar o estilo de gameplay a hora que quiser, podendo ir na loucura batendo em todos os inimigos ou optar por ir no silencio e não enfrentar ninguém, a escolha é sua, e ai vai encarar a escuridão de Dying Light 2?
Esta Análise foi feita com uma cópia cedida gentilmente pela Techland