Van Helsing é você?

Evil West tem uma pegada de estilo “a lá Van Helsing” com elementos de hack ‘n slash e RPG (Devil May Cry + Red Dead Redemption), mas o título acaba seguindo o caminho contrário destes grandes games, tornando-se a movimentação de inimigos, um tanto massiva.
Ainda assim, a desenvolvedora, a Flying Wild Hog (Focus Entertainment) acaba tirando vantagem de seu estilo de velho oeste e diverte em alguns momentos. A época de 1890, acaba tornando-se perfeita para um habitual jeito, meio electro-steampunk inspirada na tecnologia do Nikola Tesla. O game te faz brilhar na batalha, no entanto, tem seus defeitos.
A narrativa de Evil West




A história do game se trata de uma organização que tem a missão de enfrentar uma legião de vampiros, que ameaça todo o território dos EUA. O protagonista da narrativa, o Jesse Rentier, que é um personagem rude e com poucas emoções a princípio, entretanto ao longo da jornada e em meio a batalha acaba tornando-se cativante e carismático. Nas suas importantes abordagens, como um exemplo a expansão da tecnologia, faz os vampiros se preocuparem com seu futuro, mesmo indo a lugar algum, cativa o jogador a matar todas as espécies de monstros.
Jogabilidade






Bem, a jogabilidade de Evil West mostra o quanto o game tem a sua personalidade e ainda traz elementos de outros games, como a câmera em terceira pessoa e algumas inspirações de God of War. Os elementos de batalha são as armas e punhos do Jesse Rentier, onde os punhos são mais utilizados que as armas do personagem, mas os golpes e combos são coisas que devem ser apreciadas e a manopla traz um peso às batalhas.
Além disso, as armas e outros itens são colocados em um menu rápido, estilo Dark Souls, onde todos os elementos disponíveis ao jogador são utilizados. O Rentier usa bem os itens ao seu favor, as armas possuem munição infinita, mas com um tempo de recarga. Porém os elementos de luta complementam e dão um show quanto a finalização dos inimigos e as destruições no campo de batalha.
A cada golpe sangrento, o jogador se empolga nas batalhas, a manopla ajuda neste quesito, trazendo um show a mais ao espetáculo na luta. Uma variação de golpes são usados, desde bater no inimigo a ponto de levá-lo ao ar até eletrificar seus ossos a cada golpe.
Além disso, em alguns dos combates armados com humanos, temos elementos do velho oeste como “quem é mais rápido no gatilho?”, algo que faz o jogo se tornar divertido aos amantes de estilos citados anteriormente.
Ainda existem no game os itens colecionáveis, o jogador pode refazer a fase das batalhas para ir atrás do famoso troféu de platina.
Customização e Evolução de personagem




No jogo, são colocados alguns elementos de RPG, que fazem golpes e tiros serem mais efetivos, embora que para desbloqueá-los, precisa-se de moedas do jogo, que podem ser encontradas em baús, onde também podem ser descobertos itens de estilização do personagem.
Nisso, existem as melhorias de golpes e alguns novos que são adquiridos e trazem show ao espetáculo nas lutas. Ainda sendo em um mapa linear, a procura de moedas faz o jogador ir atrás de caminhos que podem dar bastante moedas ou itens de customização para o Jesse Rentier ficar estiloso a cada finalização dos inimigos.
Inimigos

Os inimigos são variados ao longo da sua jornada na pele do Jesse Rentier, ao longo do caminho os inimigos se misturam desde a lobisomens até os vampiros com sede de sangue. Bem, ao depender de seu nível de dificuldade, pode tornar-se um pesadelo e o jogador terá que apelar ao modo multiplayer em algumas das fases, quanto ao modo multiplayer – parece não haver muitas pessoas jogando.
Os inimigos maiores são fáceis, mas os menores podem se tornar a sua ruína, pois atacam o tempo todo corpo a corpo ou atiram em você – a dica que eu dou é eliminar os menores e depois os minis chefes das fases. Embora a variação de golpes dos inimigos não seja grande, principalmente dos minis chefes, algo que me desapontou, além da variação dos inimigos que se torna escassa no terceiro ato em diante.
A partir do terceiro os inimigos começam a ser repetitivos e os movimentos dos bosses e minis bosses passam a se parecer muito, isso torna o título um tanto chato neste sentido. As variações de golpes que são incontáveis e as finalizações variam para cada inimigo, o que torna menos tedioso neste sentido.
Problemas? Todos temos

O level designer do game do game é um problema, pois o designer de fases e até monstros é um pouco estereotipado. As batalhas acontecem em fases fechadas e repletas de TNTs e torres de espinhos, que podem ser usados ao seu favor. Os mapas se tornam um tanto monótonos e previsíveis em alguns momentos, fazendo até o jogador meio que adivinha o que vem a seguir.
Os puzzles das fases são relativamente simples demais, arrastando objetos brilhantes para lá e para cá. Assim fazendo avança para matar mais e mais inimigos a frente em suas variações. Além disso, em alguns momentos após a batalha, a música continuava e só parava em alguma cutscene e alguns momentos me vi presa em algum objeto e isto atrapalhava muito em batalhas, as vezes a câmera não ajudava. Mas ainda assim, não houve momentos em que o jogo ou a progressão da história foi quebrado por conta disso.
Evil West vale a pena?

Evil West faz o que cumpre em sua jornada e mostra um mundo repleto de monstros, aos amantes de games igual a Devil May Cry por exemplo, vão achar muitas semelhanças e vão amar as batalhas frenéticas.
O jogo parece uma relíquia do passado, além disso, seria um tipo de jogo que podemos nos imaginar jogando em meados de 2010. Evil West traz um combate visceral e torna-se satisfatório matar os monstros com tamanha violência, mesmo caindo na armadilha de se tornar tedioso ao final de tudo, no entanto, é divertido de jogar.
Ainda mesmo com o título caindo em um estereótipo e sendo monótono em algumas partes, gostaria de ver uma sequência do mesmo em um futuro distante.
