Ghostwire: Tokyo, game da Tango Gameworks (The Evil Within), chega com uma proposta ousada: misturar arte marcial, exorcismo e um enredo perturbador, tudo isso tendo como palco a misteriosa e icônica capital japonesa Tokyo.
O game publicado pela Bethesda estará disponível no próximo dia 25 para PlayStation 5 e PC.
Uma cidade cheia de luz é coberta pelas sombras do mal
A história do game mostra uma Tokyo que pede socorro. Acontecimentos estranhos levaram os cidadãos da capital japonesa à extinção, restando apenas o protagonista do jogo Akito, um jovem de 22 anos que sobrevive a um acidente de carro após o espirito de KK – digamos.. um segundo protagonista do game, habitar o seu corpo.
A motivação de Akito é encontrar sua irmã de 17 anos, Mari. KK, por sua vez, está em busca de vingança contra Hannya, o suposto responsável por tudo de bizarro que vem acontecendo em Tokyo.
Dentro do game, Akito deve enfrentar os ”visitantes”, entidades que representam o pior lado do ser humano: o ”caminhante da chuva”, por exemplo, representa o sentimento criado pela exaustão no trabalho, já a ”marionete” é fruto do pessimismo de uma existência sem proposito.
Dito isso, Ghostwire: Tokyo é um misterioso passeio pelo sobrenatural, no entanto, não espere sentir medo ou aquela aflição de The Evil Within, o foco do jogo é na ação, no mistério.
Um samurai com superpoderes lutando contra as trevas
Após hospedar o espirito de KK, Akito desenvolve superpoderes e habilidades que o transformam em um poderoso ninja. O combate é certamente o que há de melhor em Ghostwire: Tokyo. Enfrentar os diferentes inimigos usando as tecelagens – como são chamadas as magias do game – é extremamente prazeroso, e mais satisfatório ainda é arrancar o núcleo dos inimigos, algo semelhante ao coração de cada um deles.
Apesar de ter feito está análise em um PC, vale destacar a imersão do game no Dualsense, que deixa tudo ainda mais impressionante. O jogador pode sentir a chuva através do feedback tático e os movimentos de ataques com os gatilhos adaptáveis.
Já no PC vale destacar a ampla possibilidade de opções gráficas, o game conta com ferramentas da AMD e NVIDIA para melhorar ainda mais a experiência do jogador. O jogo é simplesmente lindo em 4k.
A progressão do personagem é feita através de uma arvore de habilidades muito intuitiva e bem fácil de entender. Você tem a opção de upar suas habilidades para ser mais rápido ao andar agachado, por exemplo, evoluir seus poderes e equipamentos, como seu arco e a possibilidade de carregar mais itens de cura.

Além disso, você pode customizar seu personagem com diferentes skins, que são adquiridas realizando missões secundarias.
A moeda do jogo, a Meika, pode ser acolhida capturando almas pelo mapa, e você pode usa-la para comprar alimentos que regeneram a vida do personagem, flechas ou talismãs, uma espécie de granada que pode prender, enganar ou atordoar os inimigos.
Os juzus, pulseiras que trazem vantagem para alguma magia ou talismã do personagem, assim como a magatama, item usado para ampliar a possiblidade de upar seu poderes, são encontradas em santuários, que após serem purificados também abrem novas áreas do mapa.
A primeira vista pode parecer tudo meio complexo, mas com poucos minutos de jogo, você já entende como tudo funciona em Ghostwire: Tokyo.
O mundo de Ghostwire: Tokyo
O mundo aberto de Ghostwire: Tokyo é lindo e repleto de atividades, no entanto, todas elas são muito parecidas e sem profundidade, o que pode trazer tédio em poucas horas de jogo. As missões secundarias e os eventos disponíveis no mapa trazem sempre a mesma coisa: ajudar algum espirito humano ainda preso na terra.
Brincar de esconde-esconde com o espirito de uma criança, reunir um casal de máscaras apaixonadas.. Cada missão é uma caixinha de surpresa, e esse inesperado é o que te motiva a ir até a próxima, claro, isso além do XP – coletar os espíritos do mapa e concluir as missões opcionais deixará Akito cada vez mais pronto para o combate.
Falando do enredo principal do jogo, ele é arrastado e confuso! Vá até o estacionamento, encontre um bilhete que te leva até um apartamento, escute uma gravação que leva até outro lugar e outro lugar.. Essa falta de fluxo da história deixa tudo muito parado, e se não fosse os combates de tirar o fôlego e as missões secundarias criativas – porém simples, o jogo seria bem entediante. Falando do protagonista Akito ele é tão vazio como as ruas de Tokyo. Dificilmente o jogador terá uma identificação com o personagem, ele é literalmente uma casca para KK que também não acrescenta muito, é apenas um espirito em busca de vingança.
Ghostwire: Tokyo vale a pena?
Ghostwire: Tokyo tem um combate que vai te prender, um enredo arrastado que pode te entediar, missões secundarias simples, porém sempre com uma história legal pra contar e te levará para uma Tokyo vazia e linda – tirando a chuva, a chuva do jogo é muuuito feia!
Particularmente Ghostwire: Tokyo me agradou, mas por vezes tive que brigar com o tédio, o protagonista do jogo é um banana e eu esperava um pouco mais do enredo vindo da empresa por trás de The Evil Within. O combate do jogo fez meus olhos brilharem e meu mouse ”tremer”. Ser o melhor amigo da vizinhança e salvar os espíritos presos nessa Tokyo bizarra foi divertido, mas poderia ter sido incrível.
O game tem legendas e menus em português e estará disponível no próximo dia 25 para PC e PS5.
Essa análise foi feita com uma chave cedida pela Bethesda.