Lançado em novembro de 2019 como um exclusivo do Google Stadia, GYLT será lançado em 6 de junho para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC.
Agora que o título da Tequila Works poderá ser aproveitado em solo nacional, uma vez que o extinto Google Stadia não esteve disponível no Brasil, podemos embarcar com Sally, a protagonista do jogo, em uma aventura cheia de mistério e fantasia.
Enredo: uma mensagem importante
O enredo de GYLT gira em torno de Sally, uma garotinha com um suéter vermelho bem fofo, que parte em uma jornada cheia de fantasia e monstros para buscar sua prima desaparecida, Emily.
Logo de cara, é possível perceber que GYLT é um daqueles jogos que têm uma mensagem importante para transmitir. Isso fica evidente antes mesmo da tela inicial, quando um aviso alerta que o título aborda questões complexas, como o bullying, por exemplo.
Tudo começa quando Sally parte em mais uma missão de busca por sua prima, mas acaba se perdendo após ser alvo de uma “brincadeira” de muito mau gosto por outras crianças. Ao tentar voltar para casa, ela percebe que tudo está um tanto quanto diferente. As ruas, até então, estão vazias, e o cenário sugere uma espécie de extinção, até que a primeira criatura estranha é encontrada.
Ao explorar os cenários, vamos nos aprofundando na relação das duas, conhecendo a história dos moradores locais e montando o quebra-cabeça por trás do desaparecimento de Emily.
De modo geral, o enredo de GYLT traz uma mensagem necessária, o que torna o título da Tequila Works ainda mais mágico.
Gameplay: os fantasmas estão à solta
A princípio, o gameplay de GYLT sugere o estilo stealth, onde devemos prosseguir por ruas e corredores sem chamar a atenção das criaturas assustadoras. No entanto, com o avançar do jogo, Sally consegue uma lanterna melhor e, com o upgrade, é possível derrotar os inimigos, mesmo que a furtividade seja a melhor escolha, sobretudo em locais com muitas criaturas – quase sempre haverá uma máquina de latinhas por perto. Use as latas para distrair os inimigos.
Quanto à dificuldade, tudo é muito simples, e a pressa é de fato o seu maior inimigo. O jogo apresenta algumas batalhas contra chefões que até são criativas, porém, ainda assim, não vão te fazer suar por trás do controle. Da mesma forma, os puzzles do jogo são simples e um ou outro pode exigir um pouco mais da sua percepção.
Além disso, na mochila de Sally, é possível consultar os textos coletados, ver nossa lista de itens e também consultar o mapa local, que mostra o caminho a seguir para progredir no jogo.
De modo geral, o gameplay de GYLT é bem simples e limitado. Nos dias de hoje, com jogos semelhantes, como os da franquia Little Nightmares, por exemplo, é difícil imaginar como o jogo foi lançado como exclusivo do Stadia. Embora tenha sua beleza e uma boa história para contar, ele não brilha o suficiente para se destacar no mercado.
GYLT vale a pena?
GYLT é um jogo sensível, que deixa uma mensagem marcante e necessária, sobretudo nos dias de hoje. Sally é uma personagem fofa, e desvendar esse mistério com ela foi uma experiência legal. A campanha do game dura de 6 a 7 horas, e você não encontrará um grande desafio; facilmente poderá concluir GYLT sem nenhuma tela de game over e sem quebrar a cabeça para encontrar o caminho ou completar seus puzzles.
Assim sendo, GYLT pode encantar os jogadores que esperam uma boa e profunda história e estejam dispostos a abrir mão de desafios mais complexos e mecânicas aprimoradas no gameplay.
Está análise foi realizada no PC com uma chave gentilmente cedida pelo estúdio.