Per Aspera é um simulador muito interessante sobre terraformar Marte e preparar o planeta para a colonização humana. O jogador é AMI, a Inteligência Artificial que está encarregada desta missão tão importante. Pois é ela vai ditar a construção e a administração de recursos e fábricas de tudo que é necessário para preparar o Planeta Vermelho.
Ainda que possa parecer um tema batido, Per Aspera trás seu diferencial em dois pontos:
- Toda a superfície do planeta no jogo é baseado em informações reais da NASA;
- A narrativa do relacionamento de AMI consigo mesma, com Huston e com a raça humana em geral tem um grande foco;
Desenvolvido pela TIön Industries (Argentina) e publicado pela Raw Fury (Suécia), Per Aspera faz parte do Festival de Outono da Steam com uma demo gratuita com o modo de sandbox. Mas a previsão de lançamento do jogo é para 2021.
Enredo
Os humanos vêm tentando colonizar Marte há algum tempo. Após algumas falhas tentativas, AMI, uma Inteligência Artificial, faz parte da nova missão. Primeiramente, ela é enviada para o Planeta Vermelho para terraformar-lo e prepará-lo para a colonização humana. Daqui pra frente, AMI tem contato direto com Huston, que lhe dá instruções, avisos sobre tempestades e revisa sua história.
Surpreendentemente, durante o gameplay, é possível vivenciar a evolução de AMI. Como ela “racionaliza sentimentos”, refletindo sobre sua relação com os robôs das instalações, com os pesquisadores e com a humanidade como um todo.
Gameplay
Como um bom jogo de simulador, ainda mais sobre um assunto como colonizar Marte, o jogador tem que prestar bastante atenção na alocação de recursos, energia e integridade de suas instalações. O processo em si é bem simples: ir criando as minas, que vão ser usadas para criar fábricas, que vão permitir instalações mais complexas e assim por diante.
O cenário do jogo como um todo, com uma simulação bem próxima da realidade de Marte é bem interessante: as irregularidades no terreno, tempestades de areia e explosões, tudo influencia na integridade de suas instalações e drones.
Para quem é fã de jogos de simulação, Per Aspera trás um bom desafio de estratégia: onde posicionar suas instalações, as ligações entre elas, a distribuição de energia, etc. E, de bônus, é bem divertido ficar assistindo os robozinhos andando de um lado para o outro carregando recursos, construindo instalações e vendo-as funcionar.
Conclusão
Até mesmo para aqueles que estão meio céticos com o gênero “simulador”, Per Aspera traz novos ares para a área: seu foco na narrativa proporciona uma dinâmica muito boa para o gameplay metódico de simuladores e jogos de estratégia.
Ainda sem uma data oficial de lançamento, pela demo pública e o preview disponibilizado para a Manual dos Games, Per Aspera tem um futuro promissor em proporcionar aos jogadores uma experiência de um dos maiores sonhos da humanidade única.