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Análise | Redfall

Redfall

Redfall tem potencial para ser um “Cyberpunk 2077”, basta saber se a Bethesda terá o mesmo empenho da CDPR

Redfall recebeu cartão vermelho. Tido com uma das grandes apostas da Microsoft para 2023, o título da Bethesda foi lançado falhas graves, bem como problemas de perfomance que comprometem a experiência do jogador. Mas, deixando todas as criticas e bugs de lado, o que o jogo tem para oferecer? Confira nessa análise.

SOS: os vampiros tomaram Redfall

A ilha de Redfall nunca mais será a mesma. O enredo do jogo se passa quando um ganancioso experimento cientifico acaba saindo do controle e instala o caos na, até então, pacata ilha de Redfall. Humanos foram transformados em vampiros, que partem por todo o local em busca de sangue.

Assim, diante dessa luta pela sobrevivência, o jogador pode escolher entre quatro personagens, cada um com sua lore, bem como habilidades especiais. No meu caso, Remi De La Ros, talentosa engenheira porto-riquenha, foi a escolhida para a missão. Com características de suporte, ela conta com ajuda de uma espécie de robô de estimação, o Bribón, que apesar de meigo, é um excelente companheiro de batalha.

Logo de cara, cada personagem vem com uma habilidade especial desbloqueada, no caso de Rimi, é possível usar Bribón com uma distração e, também como um atirador parceiro – Remi é uma excelente opção para os jogadores que pretendo jogar solo. Já Layla Ellison, por sua vez, é uma universitária com poder sobrenaturais.

Além disso, Jacob Boyer, um atirador de elite, e Devinder Crousley, um criptozoologista e inventor, são as opções de personagens disponíveis no lançamento do jogo.

Pegue a sua estaca, é hora de caçar!

Sem dúvidas, o gameplay de Redfall é o seu ponto forte. Atirar e depois enfiar a estaca da arma no vampiro para finalizá-lo traz uma sensação muito prazerosa. Além disso, você pode combinar suas habilidades com o variado arsenal de armas do jogo, que vai desde fuzis até um lançador de raios de luz ultravioleta para enfraquecer as criaturas sedentas por sangue.

E por falar nas habilidades, o jogo tem uma arvore de skills bem intuitiva e fácil de gerir.

Dentro do jogo, temos objetivos principais que ajudam no desenrolar da história, bem como missões complementares que, além de conceder XP, podem oferecer alguns itens cosméticos. Além disso, há também os Esconderijos, que precisam ser liberados para se tornarem uma espécie de base onde é possível reabastecer munição e kit médico. Esses Esconderijos também servem como pontos de viagem rápida, assim como os monumentos históricos de Redfall.

Quanto à dificuldade, no início do jogo, é possível escolher entre três opções: fácil, médio e difícil. No entanto, ao finalizar o jogo, uma dificuldade mais elevada é liberada para a próxima zerada. No geral, Redfall está longe de ser um jogo difícil, especialmente se você optar por jogar sozinho, mesmo no nível difícil. No entanto, com ao menos mais um amigo, as coisas já começam a ficar mais complicadinhas, pois a quantidade de inimigos cresce consideravelmente.

Isso é muito Arkane!

Redfall foi desenvolvido pela Arkane Austin, o mesmo estúdio da Bethesda responsável pelo premiado Deathloop. E é possível ver o DNA da empresa refletido no jogo. O enredo brinca constantemente com a alternância entre uma história séria, carregada de drama, e momentos de humor descontraído. Essa proposta também se faz presente no design do jogo.

Redfall é uma verdadeira salada. Por vezes, me senti jogando algo mais sombrio, como Resident Evil, por exemplo. E, em outras ocasiões, parecia estar em um Fortnite mais trevoso, correndo dos vampiros e usando um guarda-chuva como escudo.

Tudo isso faz de Redfall uma experiência original e ousada, bem ao DNA da Arkane.

Problemas de perfomance

Infelizmente, o jogo parece ser um daqueles casos em que o projeto é lançado antes de estar pronto, para cumprir o prazo determinado. São diversos travamentos e alguns bugs, principalmente com a IA do jogo, que às vezes parecem ignorar nossa presença.

Ciente da situação, a Bethesda promete lançar patches para corrigir o jogo, além de novos conteúdos e personagens que chegarão em breve.

“É preciso se reerguer agora, o que podemos aprender, como podemos melhorar? Há claramente problemas de qualidade e execução, coisas que podemos fazer para aprimorar”, contou Phil Spencer, SEO da Xbox, em uma entrevista recente.

Redfall vale a pena?

Redfall é original, divertido e viciante, sobretudo quando jogamos com amigos. Porém, o atual estado técnico do jogo pode (e vai) frustrar muita gente. Na minha opinião, Redfall tem salvação e potencial, mas investir financeiramente no jogo agora pode ser um erro. Aguarde pelas correções para ter uma experiência melhor. Ah, é preciso destacar a dublagem em português maravilhosa do jogo.

Redfall já está disponível para PC e Xbox. Vale lembrar que o game está no catálogo do Xbox Game Pass.

Está análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Bethesda.

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