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Análise | Scorn

Scorn

Perturbador, seria minha escolha para definir Scorn em uma só palavra. O título da Ebb Software que levou anos para ficar pronto, de fato mostra que houve um capricho dos profissionais envolvidos no projeto. Os gráficos são realistas, as criaturas e cenários causam aquele mal-estar que não sabemos como descrever. A sensação é de que o jogo passa dentro do corpo de uma criatura, cheia de pele e restos mortais nojentos. Scorn é explícito, ele não quer te fazer sentir medo, mas, talvez você não queira olhar para a TV ou monitor.

Scorn não tem pudor algum, ele só quer ser digerido – por onde o jogador bem entender.

Uma overdose de Puzzles

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Imagem: Captura de tela/Rebeca Pinho

Os puzzles são a essência de Scorn. O jogo é sobre desvendar quebra-cabeças e avançar para a área seguinte. No meio de tudo isso, encontramos algumas criaturas estranhas e até enfrentaremos algumas delas – mas o combate de Scorn é assunto pra depois.

Os enigmas do jogo são pouco criativos e nada acessíveis. Além disso, a falta de um mapa ou textos que ajudem a decifrar os puzzles deixam tudo com um ritmo lento, quase parando. Por falar nisso, Scorn não conta com praticamente nenhuma opção de acessibilidade como um modo daltônico, por exemplo. Isso, em 2022, o ano da tecnologia e da Copa, é inadmissível.

Ambientação sombria

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Imagem: Captura de tela/Rebeca Pinho

Já de cara, no próprio menu de Scorn, quando nos deparamos com uma criatura horripilante que abre os olhos e o jogo se inicia, fica evidente que se trata de um jogo peculiar. Jogar Scorn é como ter um gameplay de um pesadelo daqueles mais macabros.

Tudo ao redor de Scorn parece ter vida, e náuseas podem ser sua fiel companheira nessa jornada solitária com um personagem do qual não sabemos nada. A sede por respostas pode ser um bom combustível para muitos jogadores. Entretanto, fica o aviso: não tenha muita expectativa nessa busca.

Quanto à parte sonora, ela faz jus aos gráficos, que são uma verdadeira obra prima, bem como toda ambientação do jogo que é capaz de criar uma atmosfera imersiva.

O combate peca

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Imagem: Reprodução

Scorn é um survival horror com foco evidente em seus puzzles, que podem ser enjoativos ou difíceis demais para alguns jogadores, sobretudo aqueles que adorariam descer o dedo no gatilho e exterminar as estranhas criaturas do jogo. Scorn tem um combate tímido, esqueça as granadas, explosões e afins. Temos uma única arma que aparenta estar viva em nossas mãos. A munição é escassa e o combate é mais focado na inteligência. Saber onde e com qual tipo de arma atirar, saber qual combate evitar ou enfrentar.. Scorn é sobre tomar decisões, seja nos puzzles ou em seu combate que merecia um pouco mais de capricho.

A duração do jogo pode levar cerca de 8 a 9 horas, dependendo do quão preso você pode ficar em um puzzle.

Scorn vale a pena?

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Imagem: Reprodução

Scorn é lindo, perturbador e pode ser um prato cheio para os fãs de jogo de terror com muita. Mas esqueça Doom ou Dead Space, o combate é um mero coadjuvante por aqui. Os puzzles são a menina dos olhos do game, que não tem uma boa história para contar, mas pode oferecer uma experiência deliciosamente visceral.

scorn nota
Esta Análise foi feita com uma cópia cedida gentilmente pela Ebb Software

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