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Análise | Sonic Frontiers

Sonic Frontiers

Uma nova rota

Sonic Frontiers mudou a cara da franquia do ouriço azul da SEGA e trouxe um “frescor” à saga. Nos seus últimos 31 anos, acompanhamos a franquia ter seus altos e baixos, a cada geração de Sonic havia um boom ou uma decepção, títulos que revolucionaram a série para sempre, como Sonic Adventures há uns 24 anos.

Percebemos que tem uma inspiração meia obvia aqui, como o The Legend of Zelda: Breath of the Wild, pelos menos nas ações com os objetos e a forma como o som de efeitos no jogo é apresentado. A série inova e tenta retomar o fôlego com algo novo e podemos adiantar, que a saga está seguindo o caminho certo.

A narrativa

A história começa com o Sonic, Tails e Amy indo atrás das Esmeraldas do Caos, no entanto, sem muita explicação, a princípio, o Sonic e seus amigos são sugados para uma outra dimensão, chamada de Cyberspace (Ciberespaço), uma dimensão digital, de fato. Porém, o Sonic é ligeiro e consegue escapar desta zona paralela e acorda nas Ilhas Starfall a procura de seus amigos.

Ao longo da aventura, o Sonic acaba descobrindo que Amy e Tails estão presos em algum local, mas o “corpo” holográfico deles permanece nas zonas abertas da ilha. A narrativa é algo forte do jogo, pois deixa o jogador envolvido com o mistério de todos os personagens do Sonic estarem no Ciberespaço, inclusive o Doutor Eggman e Knuckles foram colocados no Ciberespaço e sua missão é salvar a todos e entender a história, algo que vai fazer por conta própria.

Gameplay, designer e mapas

O gameplay é mais arrojado, quanto os outros jogos da saga, pois não é apenas o clássico, seria algo moderno a franquia, juntamente com o clássico. O título traz mecânicas novas em sua jogabilidade, como diferentes jeitos em seu ataque ou o Cyloops, que podemos desenhar e trazer dano aos inimigos.

Bem, uma coisa notável é o aspecto 3D no mapa, tanto os inimigos, quanto os cenários. O mundo inclusive é semiaberto, algo que os fãs da franquia não estão acostumados, mas é bastante visível, mas calma, é algo bem melhor que seus antecessores tentaram implementar. A cada novo mapa dos 5 existentes no jogo, conseguimos ver uma paisagem diferente, uma desértica (Ares Island), uma planície (Kronos Island, Rhea Island, Ouranos Island) e uma vulcânica (Chaos Island).

Em todos estes mapas, possuem desafios com fases 2D e 3D, puzzles, pescar com o Big, diversidade de inimigos e muitos playgrounds com anéis e “itens mnemônicos” para pegar, os desafios requerem tempo e podem trazer chaves para o Sonic abrir os cofres das Esmeraldas do Caos e derrotar os bosses de cada uma destes mapas.

Cada passo no novo mundo é um novo desafio

A cada novo desafio, é descoberto um novo jeito de fazê-lo de um jeito novo, principalmente com relação aos desafios de torre, onde é possível cumprir um certo requisito para ganhar as chaves e as notas. Bem, caso o jogador tente alcançar a classe S nos desafios de torre, basta apenas terminar em menos de 1 minuto e está garantido o desafio.

Inclusive, os desafios de torre trazem mapas tradicionais da franquia como Green Hill Zone, Chemical Plant Zone e Radical Highway. Pelo menos uma destas fases de desafio da torre trazem um aspecto com a câmera igual ao jogo e com a câmera tradicional de seus antigos games.

Isto se torna um loop natural do jogo ao longo da gameplay, que no mapa o jogador derrota mini-bosses para coletar engrenagens para fazer os desafios das torres. Ao completar os desafios de torre, o jogador pode ir veloz atrás das Esmeraldas do Caos e se transformar em Super Sonic e derrotar em uma batalha fantástica, cada Titã das Ilhas Starfall.

Pode-se observar que no mapa, a cada puzzle para liberar uma região do mapa, existem diversos marcadores, que mostram ao jogador onde está localizado cada desafio, mini-bosses, os mnemônicos e entre outros itens, onde o fluxo segue perfeitamente com a narrativa.

Os avanços

Mapa Kronos 1
Fonte: SEGA

Certamente, o fluxo do jogo deixa o jogador se sentir em casa, mas com um espaço maior para correr e bagunçar no mapa. Nas estruturas do mapa, o game guia o jogador fantasticamente em direção aos seus pontos de interesse, que leva a plataformas e mais plataformas.

Na narrativa exige que você colete alguns itens para avançar na história, mesmo que algumas vezes o jogador possua o item. Alguns cuidados quando estiver no mapa dos Ares, existem inimigos que roubam suas Esmeraldas do Caos – pega ladrão.

A cada nova descoberta e interação com os ambientes é possível ver as coincidências com o mundo de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, além dos efeitos sonoros, que fazem o jogador se sentir em casa.

Alguns problemas

Sonic camera
Fonte: SEGA

Bem, Sonic Frontiers, assim como a franquia God of War é um exemplo de reinvenção após anos, no entanto, Sonic ainda tem suas falhas – assim como todos tem. Ao avançar nos mapas, percebemos os mesmos artifícios na narrativa, a jogabilidade e cenário mudam um pouco, inimigos, golpes e playgrounds.

Mas ainda assim, o jogador vai ficar com um Déjà-vu e perceber que aquilo se repetiu, mesmo com algumas coisas diferentes, é um tanto tedioso chegar ao final. Bem, a câmera às vezes fica com um zoom apertado quando o Sonic está se movimentando pelo ar e alguns saltos imprecisos.

Combate

A variação de golpes é algo que impressiona no jogo, não chega a ser muito grande, mas é uma boa variação e combinação de botões. No início o jogador começa com um combo simples, entretanto, ao passar o tempo, o jogador consegue evoluir a sua árvore de habilidades e aprender novos golpes.

No entanto, a árvore de habilidades não é algo que seja necessário, já que os golpes e movimentações o Sonic acaba aprendendo ao longo da jornada, ou seja, a árvore está ali por ser algo contemporâneo nos jogos.

A movimentação do Sonic é muito bonita em cada detalhe do combate e os combates passam a ficar interessantes usando essas habilidades. Um destes ataques seria o Cyloops, que seria um rastro da corrida, que dá dano aos inimigos que estiverem dentro. É uma habilidade extremamente útil aos jogadores, pois ela remove camadas de armaduras de inimigos.

Além disso, existem golpes a distância, onde o Sonic inflige um dano soltando ondas de choque à distância. Alguns outros movimentos, como combos super-rápidos, esquiva, aparar um tiro e chute voador. O jogador pode fazer toda essa movimentação em um combo.

Inimigos

Os inimigos variam em relação aos mapas, alguns são bem auto explicativos, feito o Tank, Spider e Sumo (a luta mais interessante). Existem inimigos terrestres e voadores, todos vindo do Ciberespaço para deter o Sonic. No entanto, não existe uma variação maior de inimigos e isso se torna maçante com o tempo.

Após pegar as Esmeraldas do Caos, Sonic tem a tarefa de enfrentar o Titã do jogo, que parece um grande Colossus e para isso, o Sonic tem que se transformar em Super Sonic e travar uma grande batalha.

A nostalgia – Extra

Green Hill 1
Fonte: SEGA

A nostalgia e a diversão é algo que vai ser evidente neste novo título da franquia. A SEGA conseguiu fazer algo inédito na série e permanecer nas raízes da franquia. Em relação aos outros títulos, o Sonic Frontiers seria o mais fácil de todos os games do Sonic e a diversão continua a mesma.

Sonic Frontiers – Vale a Pena?

Sonic Frontiers é uma das surpresas do ano e traz muito potencial ao futuro da franquia, no entanto se perde em alguns conceitos de repetição de roteiro. Entretanto, ainda traz a sensação mais importante ao jogador, que é a diversão, tornando-se um dos títulos mais divertidos da franquia. A SEGA acertou precisamente quando escolheu o sistema de mundo aberto e evolução de personagem, o ouriço azul ainda está em alta, mesmo com 31 anos, que ânimo.

Sonic Review
Esta Análise foi feita com uma cópia cedida gentilmente pela SEGA

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