Wayward Strand
Wayward Strand tem sua narrativa focada na história, nos mesmos parâmetro de jogos como Detroit: Become Human e os jogos da Telltale games, no qual o jogo é todo voltado a contar uma história densa e envolvente, fazendo com que o jogador se sinta dentro da história.
Esse estilo de game, pode por vezes não ser muito atrativo para uma parcela de jogadores, que preferem um jogo mais agitado com ação e aventura, entretanto, a partir do momento em que se passa a gostar desse estilo de game, no qual faz o jogador tomar as decisões e definir o destino dos personagens, o apreço por esses games só vai aumentando cada vez mais, principalmente pois cada jogo desses traz um desafio e personagens totalmente novos.
E sobre Wayward Strand, o projeto da Ghost Pattern, traz o estilo em sua essência, já que todos os personagens presentes dentro do jogo possuem um peso grande para narrativa, e suas histórias e acontecimentos no decorrer da progressão só ressaltam que o game além de ser pensado nos mais diversos detalhes, também é pensado para atingir o jogador, fazendo com que ele se sinta dentro do game e se envolvendo com os personagens a cada fala.
Wayward Strand tem historia interessante
Na história do game, controlamos Casey, uma garota que está preste a entrar na adolescência, durante 3 dias nos quais ele acompanha sua mãe em uma casa de repouso onde ela trabalha. E a principal missão da nossa protagonista é ser companhia para os pacientes dessa clinica, o que inicialmente parece chato, principalmente para Casey, entretanto, aqueles que já sentaram para ouvir histórias de pessoas mais velhas sabem que elas são as melhores, com um nível de detalhes absurdo e uma história melhor que a outra, que eles adquiriram durante todos esses anos.
Então, a partir dessa missão Casey passa a ouvir as histórias dos velhinhos que ali estão, e daí em diante a narrativa começa a se desenrolar, em uma pequena viagem a pequenas histórias, mas que ao fim do game se transformam em uma grande lição de vida, tanto para a protagonista, quanto para o jogador, que acabou de vivenciar e ouvir todas aquelas histórias.
Um ponto que chama a atenção é o nível de detalhes trazido pelos desenvolvedores, na qual cada novo personagem, tem um peso e uma personalidade única, o que permite que a diferenciação de cada história e personagem seja fácil, o que auxilia também com a identificação e conexão com o personagem.
O jogo, em termos gerais, possivelmente não irá agradar aqueles que buscam por algo mais frenético e com um ritmo mais acelerado, já que o jogo é justamente o contrário disso, ele é bem contemplativo em certos momentos e com um ritmo bem calmo, em especial para aqueles que não estiverem imersos no game, tendo em vista que o tempo dentro do game se dá ao expediente da mãe de Casey, então caso você esteja perdido ou o jogo ainda não engrenou para você, 1 dia dentro do jogo parecerá uma eternidade.
A parte gráfica do game é um ponto que pode trazer estranheza para algum, já que ela é em formato de cartoon e com traços bem marcados, mas isso é uma escolha técnica dos desenvolvedores, para mim, confesso que quebrou um pouco a imersão, principalmente pela movimentação dos personagens em tela e as suas desposições em quadro, na qual em alguns momentos beiram o cômico, entretanto, isso é algo pessoal, para algumas pessoas isso pode ser um dos pontos fortes e artisticos do game.
Na parte de roteiro, esse sim é feito com uma maestria louvável, principalmente pela variedade de histórias e personagens que o jogo apresenta, trazendo assim o ponto forte do jogo, que é justamente o seu roteiro.
Vale a pena jogar Wayward Strand?
Por fim, é importante dizer que Wayward Strand embora não seja um jogo para todos, e sim nichado, ele certamente vai agradar todos os amantes desse gênero, em especial aqueles que gostam de ficar imersos na narrativa dos jogos e se sentir parte dele.
