Diagnosticada com depressão, Francisnete Cardoso, de 60 anos, chegou a ficar sem sair de casa, mas hoje vive outra realidade. ‘Para muita gente é só um jogo, mas foi o que devolveu a alegria à minha mãe’, resume a filha.
“Foi um divisor de águas. Depois que comecei a jogar, voltei a sorrir”, resume Francisnete de Almeida Cardoso, uma aposentada de 60 anos, que em meio a uma crise de depressão encontrou uma saída inesperada: virou jogadora de Pokémon Go.
O Pokémon Go me distrai muito. Quando estava muito agoniada em casa, para não ficar tomando remédios e nem recorrendo o tempo todo ao psiquiatra, fui me apoiando nos pokémon. Agora, consigo me entender e entender mais sobre doença
Diagnosticada com a doença há pouco mais de um ano, ela conta que baixou o aplicativo, por influência do filho e desde que começou a capturar monstrinhos achou a motivação que faltava para sair de casa.
A aposentada enfrenta a depressão desde agosto de 2018, mesmo mês em que foi diagnosticada com um adenoma (tumor benigno) no cérebro.
Na época, o filho mais novo, de 24 anos, precisou acompanhá-la às consultas médicas e atrasou a formatura na faculdade. Com isso, Francinete começou a se culpar, teve crises depressivas e passou a fazer tratamento psiquiátrico.
“Um dia estava voltando do shopping com o meu filho e comecei a chorar. Então ele instalou o Pokémon Go no meu celular na tentativa de me animar. Eu não tinha noção do que era. Quando começou a aparecer os ‘desenhos bonitinhos’, comecei a gostar e pronto, a ‘velha’ viciou”, brinca.
Agora, Francisnete conta que já não toma mais remédios durante o dia e às vezes, só se medica a noite. Ela ainda faz tratamento com especialista, mas garante que o aplicativo foi a saída para que melhorasse seu bem estar.