O live-action de Branca de Neve tem sido alvo de controvérsias desde o seu anúncio, e o recente lançamento do trailer durante o evento D23 da Disney só intensificou as discussões. A produção, que traz Rachel Zegler no papel principal e Gal Gadot como a Rainha Má, tem enfrentado uma enxurrada de críticas que podem impactar severamente seu desempenho nas bilheterias. Vamos entender os principais pontos de controvérsia.
Uma das primeiras polêmicas surgiu com a decisão de alterar o título do filme para apenas “Branca de Neve”, omitindo a referência aos Sete Anões. Essa escolha sugere que a Disney pretende se distanciar de alguns elementos do filme animado de 1937, promovendo uma narrativa mais moderna e, possivelmente, mais inclusiva.
Escolha de Elenco: Beleza Externa x Beleza Interna
A escolha de Gal Gadot como Rainha Má e Rachel Zegler como Branca de Neve também gerou debates acalorados. Muitos questionaram a lógica de ter Gadot, frequentemente considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo, interpretando uma personagem cuja inveja é dirigida a Branca de Neve. Esse contraste entre as atrizes levou alguns a questionar se a Disney está subvertendo o tema da inveja, que no conto original está enraizado na beleza interior da protagonista.
Representação dos Sete Anões: Controvérsias e Críticas
A representação dos Sete Anões no live-action também foi alvo de críticas. No trailer, os personagens são retratados em CGI, o que provocou uma reação negativa entre os espectadores, que esperavam ver atores reais nos papéis. Essa escolha artística reacendeu uma controvérsia anterior, iniciada pelo ator Peter Dinklage em 2022.
Dinklage, que é conhecido por seu papel em Game of Thrones, criticou a ideia de recontar a história de Branca de Neve sem questionar os estereótipos associados aos anões. Suas declarações geraram um debate sobre a sensibilidade cultural e a necessidade de repensar a forma como certas comunidades são retratadas na mídia.
A Disney, em resposta às críticas, anunciou que estava reimaginando os personagens para evitar perpetuar estereótipos. No entanto, ao escalar apenas um ator com nanismo para interpretar todos os anões via CGI, a empresa acabou atraindo ainda mais críticas, desta vez de dentro da própria comunidade de pessoas com nanismo. Profissionais como Terra Jolé expressaram frustração, afirmando que a decisão da Disney foi influenciada por uma única opinião, ignorando o potencial impacto sobre a comunidade como um todo.
Repercussão do trailer: Um sinal de alerta
Com todas essas polêmicas, o lançamento do trailer foi recebido de forma morna pelo público. O vídeo acumulou mais “dislikes” do que curtidas, refletindo a crescente desconfiança em relação ao projeto. Esse cenário levanta preocupações sobre o futuro do filme, especialmente considerando os altos custos de produção, que já podem ter ultrapassado os 200 milhões de dólares, além dos gastos com marketing, que podem chegar a 100 milhões. Assim, o filme precisaria faturar mais de 600 milhões para cobrir os investimentos.
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Diante de tantas controvérsias, a Disney enfrenta um grande desafio para reverter a percepção negativa e atrair o público aos cinemas. Será necessário um esforço significativo em marketing e, possivelmente, ajustes no filme para mitigar as críticas e evitar que Branca de Neve se torne mais um fracasso em live-actions da empresa. O desfecho dessa história ainda está por ser escrito, mas é certo que a recepção do público será decisiva para o destino da produção.