A Marvel Studios retorna aos cinemas com Capitão América: Admirável Mundo Novo, o quarto filme da franquia e o primeiro com Sam Wilson assumindo oficialmente o escudo. Com grandes expectativas e um elenco de peso, a produção entrega sequências de ação impressionantes e atuações sólidas, mas se perde em uma trama sobrecarregada por muitas amarrações de histórias passadas.
A trama de Capitão América: Admirável Mundo Novo
O filme acompanha Sam Wilson (Anthony Mackie) em sua nova jornada como Capitão América. Após uma missão no México, ele é convidado à Casa Branca pelo presidente dos Estados Unidos, Ross. Ao seu lado está Isaiah Bradley (Carl Lumbly), que acaba sendo ativado por um gatilho sonoro e tenta assassinar o presidente.
O incidente coloca Sam e seus aliados em uma posição delicada, impedindo-os de investigar os verdadeiros responsáveis pelo ataque, principalmente devido ao impacto político nas negociações entre os EUA e o Japão. A partir desse ponto, a trama se desenrola com múltiplas subtramas e conexões com outros filmes do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), trazendo elementos de Eternos e O Incrível Hulk.
Um roteiro excessivamente ambicioso
A grande questão de Admirável Mundo Novo não é a qualidade individual de suas cenas, mas sim o excesso de informações e arcos narrativos que tentam conectar pontas soltas de filmes anteriores. A história assume um papel semelhante ao de episódios intermediários de uma série – aqueles que são importantes para o desenvolvimento geral, mas que, isoladamente, não justificam tanto tempo de tela.
O roteiro parece se esforçar para resolver questões pendentes e preparar o terreno para futuras produções do MCU, resultando em um enredo que se dispersa demais. Embora a premissa seja interessante, a execução acaba diluindo a imersão do público.
Ação e atuações elevam o filme
Se o roteiro apresenta falhas, o mesmo não pode ser dito das sequências de ação e do desempenho do elenco. As coreografias de combate são extremamente bem trabalhadas, mostrando que Sam Wilson é digno do título de Capitão América. Além disso, os efeitos visuais mantêm o alto padrão da Marvel, sem grandes falhas perceptíveis.
Outro destaque fica para Giancarlo Esposito, que interpreta o vilão Sidewinder, líder da Sociedade da Serpente. Seu carisma e presença em tela garantem momentos de tensão genuína, agregando um peso dramático necessário ao longa.
Vale a pena assistir Capitão América 4?
No geral, Capitão América: Admirável Mundo Novo não é um filme ruim, mas poderia ser muito melhor. Com ótimas atuações, cenas de ação empolgantes e um futuro promissor para Sam Wilson no MCU, o longa ainda é uma boa experiência para os fãs da Marvel. No entanto, o excesso de tramas paralelas e a necessidade de amarrar pontas soltas de outros projetos fazem com que ele perca impacto.
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Para quem acompanha de perto o MCU, a obra é essencial para entender os próximos passos da franquia. Já para quem busca apenas um filme de ação envolvente, a experiência pode ser um pouco frustrante. Ainda assim, vale a pena conferir e tirar suas próprias conclusões. No geral, o filme é sólido e merece uma nota 7.
