Papo exclusivo com Damiani durante o Big Festival!
Durante os dias 28 de junho e 2 de julho de 2023, foi realizada mais uma edição do Big Festival (Best International Games Festival). O já tradicional evento voltado amplamente para games ocorre desde 2012 e é o mais importante festival de jogos da América Latina. Além de expor ao público os jogos mais inovadores do mundo inteiro, o evento também é o principal ponto de encontro para aqueles que desejam compreender profundamente o universo dos games, com palestras, workshops, keynotes e o maior fórum de negócios de games da América Latina.
Entre os principais nomes do evento, estava o de Guilherme Damiani, influenciador digital com mais de 2 milhões de inscritos no YouTube e 140 mil seguidores na Twitch. Com 14 anos de carreira em produção de conteúdo para a internet, Damiani contou um pouco de sua trajetória de vida e história com os videogames, além de revelar o tipo de conteúdo que mais sente prazer em produzir atualmente na internet.
Trajetória e história com os games
Mateus Pereira: Damiani, conta para nós um pouco de sua trajetória com os games. Qual caminho você trilhou até chegar aqui no Big Festival hoje?
Guilherme Damiani: Os games sempre tiveram uma importância muito grande na minha vida. Eu sou caçula de três irmãos e uma das maneiras que os meus irmãos encontraram de ter uma ligação comigo foram os videogames. Eles me ensinaram a jogar quando eu tinha dois anos de idade, a gente tinha o Phantom System, que era o “nintendinho pirata” da Gradiente, sabe? E, a partir daí, foi algo que sempre me acompanhou. Conquistei várias amizades e meus primeiros empregos por causa dos videogames.. Cheguei a “trampar” com games no camelô do Rio de Janeiro.
Desde que eu comecei a ter acesso à produção de conteúdo para a internet, há 14 anos, eu queria falar de videogame com mais pessoas, queria dar a minha opinião e conversar sobre o que estava acontecendo de uma maneira pessoal. Sempre fui muito fã e sempre acompanhei muitos portais jornalísticos do ramo […] e eu queria muito fazer isso também, ter esse contato com as pessoas e poder falar de videogame com elas.
Então, foi a partir desse carinho (pelos videogames) que eu descobri o audiovisual. Através da minha paixão por jogos, eu descobri uma paixão pela produção audiovisual no geral: criação, gravação, roteirização, fotografia, roteiro, toda essa questão da produção que foi evoluindo, até chegarmos no nível de hoje em dia, que é muito louco […]
Foi uma jornada longa de autoconhecimento até aqui e tudo isso aconteceu graças à relação que eu sempre tive com o videogames.
Mateus Pereira: Eu ia te perguntar qual foi o seu primeiro console, mas você praticamente já me respondeu. Foi o Phantom System, certo?
Guilherme Damiani: O meu primeiro console não foi oficialmente o Phantom System, foi o Top Game, só que eu “mijei” nele…
Eu era nenê e estraguei o videogame, porque meus irmãos não me davam atenção. Isso levou à uma briga lá em casa e meu pai conseguiu um Phantom System usado, deu pra gente e a minha mãe falou assim com os meus irmãos: ‘ah, ele só fez isso porque ele não sabe pra que que serve’. Então, meus irmãos me ensinaram a jogar. Tecnicamente, o primeiro foi o Phantom System, mas não foi meu primeiro contato com os videogames.
Mateus Pereira: Então, durante esse período de boas histórias com os games, qual foi o jogo que mais marcou sua infância e adolescência?
Guilherme Damiani: Definitivamente Pokémon. E é muito louco, porque eu assisti Pokémon na televisão, na época no programa da Eliana, quando chegou ao Brasil. E eu me apaixonei, fiquei louco, comprava todas as revistas. Lembro que na época um tio meu montou um computador pra nossa família, era Windows 98, um Celeron 333, ou algo assim, e eu esperava pra entrar na internet no final de semana ou depois da meia noite. Eu criança, entrava no “Cadê”, que era o Google da época, e digitava “Pokémon” […]
Eu tive contato com jogo de Pokémon sem saber que era de Game Boy. Não tinha muita informação difundida. Tinha lá em um blog que eu entrei escrito ‘baixe aqui o jogo Pokémon Red’ e eu pensava ‘o que é emulador?’. E foi assim que eu tive contato com o jogo. Foi uma coisa que me marcou muito, porque até hoje eu amo Pokémon. É algo que acompanha gerações e jogo com os meus sobrinhos hoje em dia […]
Versatilidade e maturidade profissional
Mateus Pereira: Puxando agora para a atualidade, podemos dizer que a palavra “versatilidade” te define e, inclusive, te trouxe ao Big Festival como palestrante hoje. Qual conteúdo você mais curte produzir atualmente? São as lives na Twitch?
Guilherme Damiani: Cara, eu amo fazer de tudo, mas atualmente tenho dois tipos de conteúdo que estou curtindo muito fazer. As lives em si, funcionam até mesmo como uma válvula de escape psicológico. Eu me sinto muito bem com o fato de conseguir conversar com as pessoas em tempo real e ter o feedback, trocar ideia, entender como elas pensam e compartilhar com elas como eu penso e como eu encaro certas situações, momentos ou coisas que estão acontecendo […] Eu digo que é uma terapia.
Eu tenho meus dias de abrir lives, que são segunda, terça, quinta e sexta, e quando eu não consigo estar em live parece que meu dia não foi completo, sabe? Me dá uma sensação de que eu não cumpri a minha missão […]
Ultimamente eu descobri um novo hobby que é colecionar e montar controles (de videogames). Então, eu estou colecionando e montando um monte de controles e fazendo vídeo disso. Também tenho o Plantão dos Games, que é o meu programa de notícias vinculado ao canal da Ubisoft Brasil […] que abraçou o nosso projeto, o que foi muito bacana e muito importante pra mim, pois é o projeto da minha vida e eu tenho um carinho imenso por ele. Está sendo muito legal, sabe? Euestou em um momento muito maduro e interessante da minha carreira.
O que tem jogado e assistido
Mateus Pereira: E o que você tem jogado ultimamente em seu tempo livre? Tem conseguido jogar algo fora das lives na Twitch?
Guilherme Damiani: Cara, é impressionante. Porque eu abro lives de games e muitas vezes, no meu tempo livre, eu estou jogando […] Eu estou com uma “pira” agora de revisitar alguns jogos “antigos” no meu PC de última geração. Então eu peguei o Assassin’s Creed Unity, por exemplo, que é um “jogaço” injustiçado demais, porque ele é muito à frente do seu tempo e hoje eu jogo ele e fico impressionado […]
Mateus Pereira: Para encerrar: e fora dos games, o que você tem acompanhado de séries, filmes ou animes?
Guilherme Damiani: Hoje, especificamente, eu fui dormir às cinco e meia da manhã, porque eu assisti todos os episódios da terceira temporada de The Witcher […] Eu estou muito chateado e apreensivo que o Henry Cavill vai deixar a série. Por mais que eu goste muito do Liam Hemsworth, estou acostumado com o Cavill […] Adoro a lore e o universo de The Witcher e também gosto muito da série, ao contrário de muita gente […]
Tomei vergonha na cara e também terminei a série Supernatural há pouco tempo e foi um processo muito árduo.
Sobre Big Festival 2024
O Big Festival (Best International Games Festival) já tem seu retorno confirmado para 2024 e os fãs de games aguardam ansiosamente pelo anúncio e chegada de cada uma das atrações e novidades presentes no evento durante o próximo ano.
Segundo informações divulgadas pelas próprias redes sociais do evento, a próxima edição do maior festival de games da América Latina ocorrerá entre os dias 26 e 30 de junho de 2024.
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