O Game Pass foi um grande divisor de águas não apenas para o Xbox, mas para o mercado de games como um todo, revolucionando a maneira como as pessoas podem consumir videogames. O serviço da Microsoft criou tendência ao dar o pontapé inicial para o mercado de serviço de jogos, oferecendo centenas de jogos, incluindo grandes lançamentos dos estúdios proprietários da Microsoft e third-parties parceiros por um preço considerado acessível por boa parte dos usuários.
No entanto, o serviço é um constante alvo de críticas por alguns jogadores e figuras relevantes da indústria, que acreditam que o serviço pode se tornar prejudicial para a indústria a médio e longo prazo. Um desses críticos é Shawn Layden, ex-presidente da PlayStation, que constantemente expressa suas opiniões a respeito dos serviços como o Game Pass e até mesmo a PS Plus, o serviço de assinatura da Sony para os consoles PlayStation.
O ex-executivo da Sony voltou a tecer duras críticas ao mercado de serviços de assinatura de jogos, em específico o Game Pass, que segundo ele, prejudica os estúdios e os desenvolvedores.
Ex-presidente da PlayStation acredita que serviços como o Game Pass não são saudáveis para os desenvolvedores

Em matéria publicada pela Games Industry, Shawn Layden e o analista Matt Piscatella expressaram suas opiniões a respeito do atual momento da indústria, abordando tópicos como os efeitos do eventual aumento de preços dos jogos para 80 dólares, jogos free-to-play e, claro, serviços de assinatura como o Game Pass.
Shawn tem gerado polêmicas nos últimos meses por suas opiniões a respeito dos serviços por assinatura, em especial o Game Pass, que é o grande colosso desse mercado. Durante o bate-papo, Shawn revelou que acredita que a conversa não se trata mais sobre a lucratividade do Game Pass, mas sim o impacto negativo que os serviços causam nos estúdios e desenvolvedores.
”Há muitos debates acontecendo. O Game Pass é lucrativo? O Game Pass não é lucrativo? O que isso significa? De qualquer maneira, essa não é a pergunta correta a se fazer.”
”Você pode fazer todo o tipo de manobra financeira para qualquer serviço corporativo para fazê-lo parecer lucrativo se você quiser. Você retirar custos o suficiente e diz que eles estão fora do balanço financeiro e, ei olha só, isso é lucrativo agora. O real problema para mim em coisas como o Game Pass é, isso é saudável para os desenvolvedores?”
O ex-executivo foi além, e afirmou que no atual modelo de assinaturas, os desenvolvedores se tornam ”escravos assalariados”. ”Eles não estão criando valor, colocando no mercado, esperando que exploda, dividindo lucros, recebendo bônus, todas aquelas coisas legais. Isso é apenas, ”você me paga X dólares por hora, eu crio um jogo, aqui, coloque-o nos seus servidores.”
”Eu não acho que isso seja inspirador para os desenvolvedores.” Concluiu Shawn.

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Game Pass se tornou o grande chefe da Microsoft na divisão de jogos
Apesar das críticas e preocupações levantadas por parte dos jogadores e alguns analistas, o Game Pass tem gerado bons frutos para a divisão Xbox, se tornando grande carro-chefe da empresa e o principal responsável pela iniciativa da Microsoft em levar os seus jogos para outras plataformas.
Segundo dados revelados pela Microsoft durante sua última reunião de investidores, o serviço de assinatura gerou 5 bilhões de dólares para a big tech durante o último ano fiscal, um crescimento de 13% nas receitas se comparado ao ano fiscal anterior. O aumento dos lucros no serviço pode ser um reflexo do esforço da empresa em aumentar o seu catálogo de jogos, que agora conta com gigantes da indústria como Call of Duty e todo o catálogo de jogos da Bethesda.
O Game Pass está disponível para os consoles Xbox, PC, Mobile (Android e iOS), Smart TVs Samsung e Amazon Firestick.
Fonte: Games Industry






