Hora da Verdade | Jogar é uma ótima maneira de se relacionar com seus filhos

Tivemos dias atrás uma grande treta, onde algumas pessoas e mídias falaram que a culpa das últimas tragédias (que não irei falar aqui) era dos jogos violentos. Mas essa fala de que a culpa é dos jogos não é novidade. A tempos vemos pais preocupados e veículos sensacionalistas vinculando crimes violentos, tiroteios em massa e outras fatalidades com videogames.

Voltamos ainda mais no tempo, quando se falava que longas horas de jogatina poderiam trazer problemas de visão, por exemplo. Tempos atrás a TV ou o excesso de tempo em frente a uma era o vilão da história, onde até eu mesmo, quando tinha 8, 9 anos, sofri com isso pois tinha problema de visão e meus pais colocavam a culpa na TV e nos jogos. Ainda bem que cresci e eles entendem isso e, no meu caso, não culpo eles, pois eles não sabiam e as pessoas ao redor deles falavam mal e culpavam também os jogos.

Mas não é só problemas de saúde mental ou algo do tipo que os videogames tem culpa segundo alguns. Eles tiram um tempo precioso para quem joga, que poderia estar fazendo outra coisa e é aí que chegamos a um ponto que as pessoas estão começando a entender: os jogos e as novas tecnologias devem nos encorajar a encontrar novas maneiras de motivar as futuras gerações.

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Benefício dos jogos

Principalmente nos dias atuais, praticamente toda a criança joga, seja no celular, computador, tablet ou console. Elas, sem dúvidas, se divertem e aprendem muito com eles. Os jogos de hoje em dia são os substitutos de quebra-cabeças simples ou jogos de estratégia, que eram (e são) usados ​​pelos pais e avós como formas adicionais de brincar com seus filhos.

De acordo com um estudo da PopCap Games e da Goldsmiths University, os jogos são bons para os laços familiares e têm mostrado um impacto positivo no cultivo de tempo de qualidade. Dos 3.250 pais pesquisados, um terço deles joga jogos de computador com seus filhos todos os dias e 80% descrevem jogar videogames com seus filhos como “tempo de qualidade”.

Elisabeth Hayes, professora no Colégio de Professores Mary Lou Fulton da ASU, e Sinem Siyahhan, professor assistente de pesquisa na Sanford School of Social and Family Dynamics, começaram a estudar jogos usando comerciais de videogames. Os pesquisadores conduziram grupos para descobrir como os pais vêem  os jogos de videogame com seus filhos.

Os pais perdem uma grande oportunidade quando deixam de jogar videogames com seus filhos. Muitas vezes os pais não entendem que muitos jogos de videogame devem ser compartilhados e podem ensinar os jovens sobre ciência, alfabetização e resolução de problemas. Jogar com os filhos também oferece aos pais inúmeras maneiras de inserir seu próprio ‘momento de ensino’

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Siyahhan observou que os jovens em transição para o ensino médio querem desenvolver uma maior independência de seus pais, de modo que esses “nativos digitais” podem recuar para jogos solitários de videogame. Os pais podem efetivamente abrir as linhas de comunicação, envolvendo seus filhos em videogames familiares, jogados juntos.

“O videogame se torna um ponto de conversa, não um ponto de conflito”, disse Siyahhan. “Por outro lado, é bom para a criança poder ensinar os pais sobre os jogos. Nossa pesquisa está descobrindo que compartilhar essa experiência cultiva o vínculo familiar, o aprendizado e o bem-estar. ”

Como fazer isso acontecer

Eu coloquei esses estudos para provar não somente falar em algo que já vi na minha vida e que acredito. Os estudos comprovam cientificamente que os jogos unem os pais mas como que você, como pai, ou até mesmo filho, pode se aproximar usando o videogame.

Se você brinca com seus filhos, se você procura entender o amor deles pelos jogos, em vez de castigá-los por isso, pode acabar enriquecendo seu relacionamento com eles.

Se você é um pai gamer, vai gostar de jogar com seus filhos. Se você é um pai preocupado com seu filho jogando muito, junte-se a ele. Gaste tempo com seus filhos. Os videogames, como esportes, podem desenvolver habilidades de foco, sociais e de resolução de problemas e podem criar um forte vínculo entre pais e filhos.

Se você é pai e não quer jogos na vida do seu filho, lembre-se de uma coisa: os jogos não vão desaparecer e as crianças não vão parar de jogá-los. Se as crianças e os pais jogarem jogos apropriados para a idade juntos com moderação, isso pode definitivamente ser qualificado como “tempo usado corretamente”.

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