O diretor executivo da Embracer Group, Lars Wingefors, fez uma declaração ao Gamesindustry sobre o exigente mercado de jogos triplo A e seus altos custos de desenvolvimento. Para ele, a solução é aumentar o preço dos jogos.
Os resultados financeiros da Embracer mostram que jogos como Dead Island 2 conquistaram 3 milhões de vendas e 7 milhões de jogadores desde seu lançamento. Em contraste, Alone in the Dark não alcançou nem metade desses números. Wingefors destacou que alguns jogos não conseguem se destacar e captar a atenção dos jogadores. Apesar de ambos serem IPs bem estabelecidas no gênero de terror, apenas o mais bem-executado conseguiu se sobressair.
Em relação ao valor, ele sugere que, embora o aumento seja uma possibilidade, ainda não está sendo totalmente explorada pela empresa. No entanto, ele destaca que jogos mais completos, como RPGs e títulos de mundo aberto, que oferecem cerca de 100 a 200 horas de conteúdo, certamente atrairiam jogadores dispostos a pagar mais por essas experiências.
E o preço dos jogos no Brasil, como fica?
Atualmente, os grandes lançamentos chegam ao Brasil custando cerca de 350 reais, o que equivale a aproximadamente 25% do salário mínimo brasileiro. Esse é um custo significativo que nas mãos de outros trabalhadores, poderia ser destinado a despesas importantes além do lazer, como contas ou comida.
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Esse valor de 350 reais é baseado nos jogos sendo vendidos a U$ 70 dólares. No entanto, caso a estratégia de aumentar o preço se torne popular entre as publishers em todo o mundo, o preço pode chegar até U$ 80 dólares, totalizando cerca de 420 reais em uma conversão direta. Isso se refere à versão base do jogo, sem considerar os custos das edições deluxe, completas ou até mesmo as microtransações presentes em alguns jogos. Para os brasileiros, esse aumento é motivo de preocupação e devemos ficar atentos aos impactos que pode ter em nosso bolso.