Nos últimos anos, um diretor vem se destacando no cinema, David Leitch, responsável por filmes como Deadpool 2 e Trem-Bala o cineasta chamou a atenção pelo seu estilo de direção e planos inventivos, que trazem ao filme um tom diferente misturando ação e comédia de forma magnifica.
E após dois sucessos estrondosos, o diretor volta agora para dirigir “O Dublê”, filme que além de homenagear os Dublê que são parte fundamental na construção de cenas de ação, também é um agradecimento do diretor a esses profissionais, já que David Leitch começou no cinema como Dublê de Brad Pitt entre 1990 e 2000, participando como Dublê inclusive de grandes clássicos como Clube da Luta.
História de o Dublê:
No enredo do filme conhecemos Colt Seavers (Ryan Gosling), um dublê de Hollywood bem sucedido, mas que após sofrer um acidente durante as gravações acaba se afastando da profissão. Entretanto, após um tempo longe das câmeras ele recebe a proposta de voltar a ação para um filme dirigido por sua ex, Jody Moreno (Emily Blunt).
Então é aqui que o filme começa pra valer, com Colt voltando para o cenário de Hollywood com o propósito de reconquistar sua amada e voltar a fazer o que ama, ser Dublê, mesmo que para isso ele tenha que reviver traumas do passado, como ser Dublê de Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson).
Entretanto, Colt quando aceitou o convite não imaginava que a produção estava envolvida em um grande mistério, com Tom desaparecido e com Colt podendo ter se envolvido em algo muito maior do que ele imagina.
A premissa do filme pode parecer simples, mas o modo como ela é construída, com uma ação frenética e referencias ao cinema como um todo, transformam a aventura de Colt em uma jornada muito legal de se acompanhar, e isso é ampliado e muito pelo carisma e time cômico perfeito de Ryan Gosling.
barbenheimer nunca foi tão real
Após ser músico profissional, piloto de fuga, investigador particular e até replicante no universo de Blade Runner, Ryan Gosling prova de vez que não é “apenas o Ken” e se mostra em “O Dublê” como um excelente ator quando o assunto é time cômico, cenas de ação e expressões faciais. No filme, o ator faz papel de Colt Seavers, um Dublê que conseguiu chegar ao cenário dos grandes filmes de Hollywood, Colt tem uma personalidade “radical” condizente a sua profissão, mas que ao mesmo tempo que banca o “bad boy” é super amigável e engraçado, o que torna o personagem ainda mais interessante.
E contrastando com ele temos a personagem Jody de Emily Blunt, e sim aqui temos dois protagonistas do Barbenhimer juntos, que apresenta uma personagem que tem o sonho de se tornar uma diretora de sucesso em Hollywood, mas que vai além disso, pois ela além de ser o interesse amoroso do nosso protagonista também traz uma base sólida a construção de narrativa no quesito de ser uma coadjuvante que leva a trama junto com o protagonista, e nesse ponto é impressionante ver a química que ambos os atores tem em tela, me lembrou muito a química impecável que Ryan Gosling e Emma Stone tem em La La Land, o que por si só já mostra que O Dublê teve êxito em escolher seu elenco.
Cenas de ação de tirar o folego
As cenas de ação do filme são um espetáculo a parte, com cenas de lutas ou explosões que fazem você ficar na ponta da cadeira, e não poderíamos esperar menos de um filme que homenageia os Dublê de ação.
Assistindo ao filme fica claro que o diretor realmente quis mostrar como o efeito prático e com Dublê fica mais agradável em tela do que um simples CGI. Existem cenas onde acompanhamos os bastidores das cenas do filme “Metal Storm” uma mistura de Duna, Star Wars e Cawboys e Aliens que está sendo desenvolvido nesse universo, e nelas conseguimos ver como trabalham os Dublês, sendo atirados de um lado para o outros, ou até mesmo sendo incendiados, e isso no filme fica incrível pois sabemos que aquilo foi realmente feito para estar no filme, em muitas vezes até sem o uso dos próprios Dublê, o próprio Ryan Gosling disse em entrevista à People que em algumas cenas ele precisou pular de um prédio de 12 andares: “eles me soltaram de um prédio, e eu tenho medo de altura.”
Portanto, “O Dublê” é uma verdadeira homenagem a todos os Dublês da vida real que tornam a magia do cinema ainda mais bonita aos olhos do público com suas acrobacias e capotagens.
Vale a pena assistir o O Dublê?
O Dublê é uma grande carta de amor para os Dublês da vida real, e que carta bem escrita, o filme é engraçado, cheio de ação e recreado de boas atuações e personagens carismáticos, uma ótima pedida para aquela ida ao cinema.
Então, o Dublê é um filme que recomendo demais para todos os amantes da sétima arte, que gostam de ver uma boa trama, e que ao fim dela você sai do cinema feliz por ter visto uma excelente obra cinematográfica.