Pac-Man, o “come come”, é um jogo dos famosos arcades que teve origem nos anos 80, e mesmo com um legado tão antigo, deu origem a uma série que até hoje se sustenta com novos títulos, sendo até mesmo homenageada na série Secret Level, da Amazon Prime Video, que celebra diferentes franquias dos games com animações muito bonitas.
No entanto, o episódio que se basearia em Pac-Man trouxe um mundo pós-apocalíptico sombrio e inóspito que pouco lembrava o clássico dos arcades, mas isso fez sentido meses após: aquele episódio era apenas uma prévia de Shadow Labyrinth, o novo jogo da franquia que troca a sua roupagem clássica por uma aposta em um mundo estilo metroidvania e mais “adulto”.

Graças a um convite especial da Bandai Namco, pudemos testar o novo jogo e trouxemos aqui uma prévia completa de tudo que nos foi oferecido, então confere conosco nossas impressões iniciais desse título que lança no dia 17 de Julho para PC, Xbox Series, PS5 e Switch!
Shadow Labyrinth vem com diversas mecânicas e aspectos diferentes
Nessa prévia, tivemos acesso a 3 seções específicas de Shadow Labyrinth, cada uma com seus pontos fortes e destaque de elementos presentes no game, então iremos aqui destacar como o jogo funciona e quais detalhes e características pudemos notar durante o acesso exclusivo.
Shadow Labyrinth, como um “Plataforma 2D de ação”, chamado assim pela empresa, mistura mecânicas que já são estabelecidas no gênero com seu toque original, mas para quem já está acostumado com jogos assim, o entendimento inicial de Shadow Labyrinth cairá como uma luva.
No mundo futurista e pós-apocalíptico do game, tomamos o controle do Espadachim, que é acompanhado por uma pequena bolinha amarela, o PUCK, e é com o esforço de ambos que o progresso é alcançado. Na primeira área, temos acesso a três desafios distintos que testam a habilidade do jogador e apresentam melhor suas mecânicas, sendo eles: combate, plataforma e quebra-cabeça.
Combate é divertido mesmo não sendo vasto
O combate, de início, é simples, mas possui um grande espaço para evolução, e mesmo que o ataque padrão, a princípio, não tenha uma grande liberdade e variação de builds, é instigante e as diferentes habilidades que usamos fazem toda a diferença.
Temos, por exemplo, magias especiais com golpes mais fortes, uma opção de esquiva e um botão específico para movimentos defensivos, que pode ser trocada livremente entre um escudo(que é constante) e um aparo(o famoso parry), sendo um diferencial bem legal e que dá liberdade para cada tipo de jogador se virar e sobreviver a sua maneira, e por último, uma grande transformação como se fosse uma “fúria”, tomando outra forma e deixando o jogador ainda mais forte.

Plataforma é desafiadora e inovadora, mas controles são um pouco estranhos
Na parte de plataforma, muitos desafios estão presentes para quem gosta de pular e desviar de obstáculos, mesmo que a movimentação seja um pouco escorregadia e difícil de se acostumar. Um diferencial aqui são alguns trilhos nos quais tomamos controle de PUCK, e a bolinha tem que andar neles ou pular de foram a evitar os lasers e outros inimigos que estão dentro do percurso, e é algo bem divertido, mesmo quando desafiador.
Os enigmas que foram apresentados no último desafio são relativamente simples, e envolvem empurrar pedras e se agarrar a cordas para alcançar novos locais ou usá-las para quebrar paredes e barreiras, e foi a parte que menos me chamou a atenção nesse curto teste, mas é de se esperar que isso venha a melhorar até o lançamento oficial de Shadow Labyrinth.

A mistura dos elementos funciona muito bem nesse ambiente que tivemos acesso
Na segunda seção a qual tivemos acesso, esses três aspectos do jogo são misturados e funcionam de forma síncrona, sendo também muito bem aplicado e com uma exploração bacana, e além disso, aqui o jogo mostra um dos grandes charmes do gênero, que é o backtracking, e ele funciona bem, embora a área aqui em questão tenha sido bem limitada para se avaliar o real funcionamento no macro do jogo, mas o mapa é bem detalhado e ajuda bastante, mas é bom lembrar que o zoom é essencial pra entender bem o mapa, visto que ele fica bem emaranhado de informações visto de longe.

Por fim, a segunda parte finaliza com uma luta contra chefe muito bacana e diferente, e completamente baseada em Pinky, um dos fantasminhas do jogo original que perseguia o “come come”, e ficou bem interessante e bacana o jeito que toda a mitologia do jogo foi reinterpretada aqui em Shadow Labyrinth.
Narrativamente, o jogo é misterioso e sombrio
No sentido de enredo, não tivemos tanto acesso assim a coisas acontecendo, embora hajam alguns NPCs que contem mais da história daquele mundo pós-apocalíptico, e nosso protagonista, diferentemente da animação, agora é silencioso, e PUCK, a pequena bolinha, é quem dá as ordens e quem entende mais o que está acontecendo.

Uma coisa interessante de Shadow Labyrinth é que o jogo faz parte do universo compartilhado “UGSF”, que engloba diversas franquias de ficção científica da Bandai Namco como Galaga, Ace Combat e Ridge Racer, o que implica que podemos ver conexões com outras séries da empresa, mesmo que sejam em detalhes que possam passar despercebidos por grande parte dos gamers.
Muitas referências e um grande potencial
Porém, a terceira seção a qual tivemos acesso nos mostrou algo muito bacana, um novo chefe bastante desafiador e grotesco, e seu design é baseado na franquia Splatterhouse, da Bandai, e que além dele, podemos esperar por mais chefes diretamente baseados em jogos da empresa em Shadow Labyrinth, então quem sabe não podemos ver chefes inspirados em Soul Calibur, Tekken e até Elden Ring?
Por fim, Shadow Labyrinth é um jogo bastante interessante e corajoso da Bandai Namco, e com ideias que felizmente funcionaram bem e são bastante desafiadoras, e promete ter um potencial fortíssimo que será desbravado inteiramente em seu lançamento mês que vem!






