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Reinos de Kaevi | Professor de matemática cria e aplica game no estilo RPG durante suas aulas

“Eu odeio Matemática. Mas, sinceramente, as aulas dele ficaram legais!” diz aluno

Vitor Caetano Silva, professor do Colégio Oficina do Estudante, em Campinas-SP, surpreende alunos durante suas aulas. Ocorre que Vitor incrementou as lições de matemática com o seu game “Reinos de Kaevi”. Um jogo ao estilo RPG com diversos cenários, criaturas como dragões e serpentes gigantes, em que a narrativa muda conforme as escolhas e projetos apresentados pelos alunos.

Vitor compartilhou conosco acerca de amar jogos eletrônicos e de tabuleiro. Decerto ama filmes/séries de todos os tipos e adora acompanhar os lançamentos, premiações e debater sobre o tema também. Entretanto seu hobby atual tornou-se desenvolver jogos eletrônicos!

Reinos de Kaevi Vitor Caetano Silva

Reinos de Kaevi: Como é aplicado

Assim que a aula tradicional de matemática atinge o tempo de 25 minutos (aproximadamente), o clímax da apresentação inicia. Com isso as luzes são apagadas para destacar ainda mais o projetor e assim começa a imersão em “Reinos de Kaevi”. O professor conta que tanto os alunos presentes em sala de aula, como os que estão em casa acompanhando, ficam eufóricos e ansiosos por esse momento!

Cada aluno deve criar seu personagem para iniciar o game. A estrutura de jogo possui três pilares, cada um aplicado a cada semana. Começando pela história base em que o professor apresenta e cada aluno com seu personagem são convocados para escolherem o que farão. O segundo pilar é denominado como “atividade”, ou seja, o aluno deverá desenvolver alguma tarefa (dentro da matemática) para avançar ou evoluir na história. Por fim, temos o “protagonismo” na qual o aluno terá a oportunidade de conduzir a história, podendo ainda acrescentar algum acontecimento no enredo do game.

Ademais, a história base é apresentada para todas as salas mas tudo muda conforme as escolhas dos alunos! “Ou seja, os alunos discutem a melhor opção, prestando atenção nos acontecimentos. Para cada escolha, há uma resposta (sequência) diferente;”

Acima de tudo, todo o planejamento e produção do game surgiu através de estudo sobre o que fazer e quais ferramentas utilizar. “Durante as aulas, está sendo criado um jogo com os alunos, onde a cada semana eles desenvolvem uma parte da história. Primeiramente, com muita criatividade, cada aluno teve que criar o seu personagem (que é um dos princípios de aprendizagem de James Paul Gee), nomeando-o e fazendo um desenho ou uma montagem gráfica. Ao longo da história, outras características são desenvolvidas e há uma conexão entre ela e os conteúdos matemáticos abordados”

Gamificação na educação

Ao passo que a gamificação foi incluída nas lições, o professor relatou o fato dos alunos despertarem mais interesse nas aulas.  “Às vezes, quando termino a aula, ouço eles debatendo o que poderá acontecer depois ou o que poderia ter ocorrido se tivessem feito uma opção diferente da realizada”. 

O professor nos disse que sempre foi apaixonado por games e chegou a fazer cursos para incluir a gamificação em seu trabalho! “Sempre fui apaixonado por jogos, quando menor eu gostava de inventar jogos para me divertir com as pessoas, hoje em dia, esse gosto me ajuda a criar ferramentas que auxiliam no aprendizado dos meus alunos. Além disso, estou aprendendo a desenvolver jogos eletrônicos principalmente para aplicar na educação. Mas, sempre gosto de jogar, principalmente games que tem uma história interessante.”

Por fim, Vitor acrescenta que partes da mecânica de “Reinos de Kaevi” ainda estão em desenvolvimento. Exemplos dessas novidades são a pontuação e recompensas pelas escolhas dentro da história, que estão prometidas para o próximo semestre. Além disso, ainda planeja mais materiais para serem trabalhados fora do tempo das aulas. Para que assim seus alunos continuem interagindo e desenvolvendo suas habilidades. 

Informações extras

A titulo de curiosidade, o professor possui vários projetos em mente para jogos eletrônicos mas pretende continuar atualizando
“Reinos de Kaevi”. Além disso, quem sabe colocar tal história em um livro, conforme pedido pela classe. Por enquanto, o jogo está disponível apenas para seus alunos e Vitor utiliza o site https://escapefactory.me/ para aplicar o game em aula. Termina por dizer que acredita muito sim no uso da tecnologia a favor da educação!

Sobretudo um de seus alunos declarou que “Nas aulas on-line, nos distraímos muito. O Vitor fez uma historinha com personagens e tal, eu achei GENIAL. A história te prende. A aula acaba e você quer chorar de ansiedade pra saber o que vai acontecer. Como não gosto de Matemática, nem dava bola para as aulas dele. Com o game, vejo a aula toda só pra ouvir a continuação”

Portanto, quero saber de vocês. Quem ai acha que se sairia melhor com a matéria se tivesse um Professor de matemática igual ao Vitor? Com certeza eu falo que estudaria com mais gosto mas talvez ainda me declararia ser “de humanas” pois trabalhar com números, de fato, não é o meu forte! (risos)

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