Como descrever a sensação de jogar a remasterização de Burnout Paradise? É uma missão difícil, muita coisa vem à tona. Mas a primeira sensação que me ocorreu foi liberdade.
O jogo, que foi o sétimo da franquia, foi um sucesso total à época de seu lançamento em 2008. Misturar carrões, velocidade, uma série de “crashes” e uma trilha sonora fenomenal parece ter funcionado muito bem. São poucos os games em que é possível sentir prazer ao jogar. Burnout proporciona momentos de diversão aliados a um descarrego do estresse. Só quem jogou entende o que quero dizer.
Agora em sua versão remastered, o que já era muito bom ficou ainda melhor. Esqueça os menus. A versão vem completa, com todos os DLCS já lançados e uma cidade completamente aberta para você fazer o que quiser e onde quiser. Isso, sem falar na delícia que é jogar sem loadings.
As provas são subdivididas em quatro categorias:
– Race: corrida simples;
– Marked Man: o desafio é terminar a corrida sem ser destruído pelos adversários;
– Burning Route: o desafio é vencer o relógio;
– Stunt Run: é preciso ganhar muitos pontos fazendo acrobacias radicais.
O detalhe é que a cada vitória nas provas, o nível da licença de condução aumenta e com isso novos veículos são desbloqueados. O ponto negativo dessa parte é que pode ser um pouco repetitivo. Mas com tanta coisa boa no game, talvez a grande maioria dos jagadores não sinta dessa forma.
Em relação à jogabilidade, não há estranhamentos. Para quem já jogou outros jogos da série, a adaptação é imediata. Para quem nunca jogou, não é necessária grande preocupação, uma vez que é arcade e a coisa mais natural será fazer uma curva a 200km/h.
Para aqueles que gostam de compartilhar a diversão, o modo online permite convidar amigos ou competir em rede participando dos desafios. Ah os desafios… São aproximadamente 300 deles espalhados por toda a cidade. Extremamente divertidos, diversificam ainda mais o game e ainda promovem um momento de interação social.
O jogo todo enche as vistas! A cidade foi muito bem pensada e remete-nos ao seu nome: Paradise. E quando os danos acontecem é um espetáculo de efeitos com riqueza de detalhes. O interessante é que, apesar de os danos serem corriqueiros ao longo do jogo, a cada batida os efeitos continuam chamando a atenção. Mas vale destacar que, embora atualizados, os gráficos perdem um pouco se comparados aos da nova geração. Entretanto, muitos concordarão que os efeitos compensam essa perda.
Para alegria dos fãs, a trilha sonora foi mantida, com exceção de duas músicas barradas por questões de direitos autorais. Mas a música considerada tema, Paradise City, de Guns N’ Roses e a “chicletinho” Girlfriend, de Avril Lavigne permaneceram.
Agora, mais uma vez, junte tudo isso: carrões, velocidade, uma cidade linda, efeitos caprichados, música boa, batidas de tirar o fôlego, desbancar os amigos online e muita diversão. Resultado: Burnout Paradise!
Burnout Paradise Remastered foi produzido pela Criterion e distribuído pela EA Games.
Lançado em 16 de março de 2018. Disponível para PS4, PC e Xbox One.
Esse review foi feito com uma cópia de Burnout para PS4 cedida pela EA Games.