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Análise | Conan, O Bárbaro

Review | Conan, O BárbaroUm dos grandes ícones da cultura pop, Conan, O Barbáro teve sua origem nos primeiros anos do século XX, através de uma série de contos curtos e ambiciosos, escritos por Robert E. Howard. Eles foram responsáveis por estabelecer as bases para o surgimento de um novo subgênero de literatura fantástica, conhecida como Espada e Feitiçaria, caracterizada por uma narrativa simples e direta, com ênfase em combates violentos, erotismo e intervenções de seres sobrenaturais como deuses, magos, demônios e afins (qualquer similaridade com jogos como The Witcher e Dark Souls não é mera semelhança).

A primeira aventura de “Conan, O Bárbaro” foi publicada em 1932, em uma revista Pulp (revistas baratas que traziam contos de diversos autores) com o conto “A Fênix na Espada”, e desde então, a criação de Howard cresceu vertiginosamente, atingindo o ápice de popularidade em 1982 com o lançamento do icônico filme estrelado por Arnold Schwarzenegger, Conan, O Bárbaro.

Os escritos ambientados na Era Hiboriana estão firmemente estabelecidos como uma influência constante na cultura pop mundial, mesmo que muitos não tenham lido os contos que deram origem ao icônico personagem, são poucas as pessoas que não o conhecem por intermédio de outras mídias.

Em dezembro de 2017, a Editora Pipoca & Nanquim publicou o primeiro livro de uma possível trilogia que conterá todos os contos do bárbaro. A edição possui capa dura com uma arte estonteante feita por um dos maiores desenhistas de Conan, Frak Frazetta, a edição conta ainda, com excelente tradução de Alexandre Callari.

O livro é ricamente ilustrado, sendo que cada conto se inicia com a capa da revista pulp “Weird Tales”, onde foi publicado pela primeira vez, além de excelentes desenhos posicionados cuidadosamente, enriquecendo a experiência de leitura, o que era de se esperar da Editora Pipoca & Nanquim, que tem como foco editorial a publicação de revistas em quadrinho.

Review | Conan, O Bárbaro

Aventuras de “Conan, O Bárbaro” são ambientadas na Era Hiboriana, que representaria a própria Terra em um passado pré cataclísmico do qual a história atual não guardou registros. A narrativa de Howard é ágil e direta, por vezes irônica e bem-humorada, e apesar de ter sido escrito no inicio dos anos de 1930, os temas abordados continuam atuais, como se pode perceber em Xuthal do Crepúsculo e em A Cidade Escarlate, onde Howard retrata o uso abusivo e indiscriminado de drogas, além de tecer críticas diretas ao fanatismo religioso. Os momentos de ação são excelentes, e escritos com maestria:

“Na dianteira da cunha de aço, Conan rugia seus gritos de batalha e brandia a espada, formando arcos reluzentes que destruíam capacetes de aço e cotas de malha como se não fossem nada. Ele cavalgou direto por uma linha de inimigos mortos, e os cavaleiros de Koth fecharam a passagem logo atrás dele, separando-o de seus guerreiros. Conan atacava como um relâmpago, lançando-se violentamente contra as fileiras com pura força e velocidade…”

                                                                                              A cidade Escarlate.

Review | Conan, O Bárbaro

Os contos são organizados em ordem de publicação, de modo que a história de Conan não segue uma cronologia específica, porém isso não prejudica a experiência de leitura. Os contos são bem estruturados e possui inicio e final bem resolvidos.

No decorrer dos sete contos publicados pela Editora Pipoca & Nanquim, acompanhamos várias fases do Cimério, como um rei, ladrão e até mesmo assassino. Howard dá à Conan uma personalidade cativante e conflituosa, um bárbaro beberrão e mulherengo, com um senso de ética e moral que oscila conforme seu humor.

“Conan, O Bárbaro” publicados pela Editora Pipoca & Nanquim apresenta uma leitura rápida, e agradável, indicada para todos os amantes da boa ficção fantástica, e fundamental para os fãs de Conan.

 

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