Lançado em 24 de julho de 2025, s.p.l.i.t. é o mais recente título do desenvolvedor indie Mike Klubnika. O jogo promete uma experiência intrigante, mergulhando os jogadores em um ambiente sombrio e distópico onde o principal objetivo é invadir uma superestrutura utilizando técnicas de hacking.
Como funciona a jogabilidade?
Um dos principais destaques de s.p.l.i.t. é sua abordagem que tenta ser realista, da simulação de hacking. Desde o início, a ausência total de suporte ao mouse chama a atenção, exigindo que o jogador dependa exclusivamente do teclado.

Esta mecânica, proporciona uma experiência mais imersiva, especialmente para aqueles familiarizados com comandos reais de terminal. Porém, essa escolha pode apresentar um desafio um pouco maior para jogadores menos experientes, já que o jogo não oferece tutoriais ou orientações prévias.
Todo o processo de aprendizagem ocorre diretamente durante a gameplay, aumentando ainda mais a imersão e a tensão proposta do jogo, depois de entender que basta simplesmente pressionar as teclas o jogo se torna mais intuitivo.

Outro aspecto inovador é um chat integrado, através do qual os jogadores podem se comunicar com personagens virtuais que compartilham informações cruciais para o avanço da história.
O ritmo lento dessas conversas obriga o jogador a gerenciar seu tempo com eficiência, dividindo a atenção entre o diálogo e as ações que precisam ser realizadas no terminal, essa dinâmica adiciona uma camada de estratégia e imersão à experiência.

A história e múltiplos finais
Na história de s.p.l.i.t., o jogador controla Axel, membro de um grupo de hackers com a missão de sabotar uma estrutura tecnológica avançada e antiética, a história se desenvolve lentamente e se revela por meio de diálogos no chat e pistas encontradas no terminal.
As escolhas feitas ao longo do jogo têm um peso ético, lembrando jogos como Frostpunk, onde as decisões morais influenciam os eventos subsequentes e o desfecho da história, essa mecânica faz com que o fator replay seja interessante para explorar diferentes caminhos e finais possíveis.

Atmosfera e ambientação
A atmosfera do jogo é um dos pontos altos de s.p.l.i.t, uma estética retro-futurista, minimalista e opressora, destacada pela interface de terminal verde sobre fundo escuro.
Elementos sonoros, como o clique constante das teclas e o zumbido mecânico dos computadores, reforçam a ambientação e contribuem fortemente para a sensação de imersão no mundo distópico proposto, mantendo assim o jogador em um constante estado de tensão e mistério.

Desafios e limitações de s.p.l.i.t.
Apesar de sua proposta ser mais realista e um dos maiores atrativos, s.p.l.i.t. apresenta algumas limitações em termos de acessibilidade. A exigência por teclas específicas como PgUp, PgDn e Del, aliada à ausência de suporte ao mouse, pode representar uma barreira significativa para alguns jogadores com equipamentos limitados.
Além disso, certos arquivos e pistas são disponibilizados de forma temporária ou restrita, obrigando os jogadores a realizarem anotações manuais em um caderno ou bloco de notas, isso, apesar de aumentar a imersão, pode tornar a experiência frustrante para jogadores que preferem uma abordagem mais casual ou intuitiva.
A curva de aprendizado em s.p.l.i.t. é íngreme devido à ausência completa de tutoriais, jogadores menos familiarizados com isso podem encontrar dificuldades nos primeiros momentos do jogo, entretanto, para aqueles que conseguirem superar essa barreira, a recompensa é uma experiência satisfatória e intelectualmente estimulante, outro ponto que pode afastar alguns jogadores é a ausência de legendas em português.

Vale a pena jogar S.p.l.i.t.?
s.p.l.i.t. se destaca no cenário indie atual por sua proposta intrigante e diferenciada, proporcionando uma experiência única, intensa e desafiadora.
Embora algumas barreiras técnicas possam inicialmente desencorajar jogadores menos experientes, sua narrativa, mecânicas diferenciadas e atmosfera distópica construída tornam a experiência gratificante, recompensando aqueles que se dedicarem ao desafio inicial.
O Review
s.p.l.i.t.
s.p.l.i.t. é um jogo indie de hacking, onde o jogador, deve sabotar uma superestrutura em um mundo distópico usando apenas comandos no terminal. Com estética retro-futurista, narrativa guiada por escolhas éticas e múltiplos finais, o jogo oferece imersão intensa, mas exige dedicação devido à curva de aprendizado e pouca acessibilidade.
PRÓS
- Atmosfera imersiva com estética retro-futurista e narrativa envolvente.
CONTRAS
- Curva de aprendizado íngreme e ausência de tutoriais.
- Limitações de acessibilidade como falta de e legendas em português.






