Review | The First Berserker: Khazan (PS5)

The First Berserker: Khazan, o mais novo jogo da popular franquia Dungeon & Fighter, ou DnF para os mais íntimos, foi anunciado pela Nexon tendo 2 objetivos bem claros: entregar um RPG de ação brutal e popularizar de vez a franquia DNF no ocidente.

Apesar de ser uma das franquias mais populares da Coréia do Sul desde o lançamento de Dungeon Fighter Online em 2005, DNF nunca teve muita expressão desse lado do globo, sendo conhecida basicamente apenas pelos amantes de MMOs coreanos que sempre sonharam em ver um lançamento global de DFO. Disposta a mudar isso e tornar a marca reconhecida globalmente, a Nexon e a principal desenvolvedora da franquia, a Neople, resolveram embarcar em uma nova jornada, se inspirando em um dos gêneros mais populares do momento para fincar a bandeira da franquia.

Mas seria The First Berserker: Khazan o jogo a finalmente tornar DnF uma marca conhecida fora da Coréia? O hype criado pelos fãs de ‘soulslike’ foi mesmo correspondido? Confira a resposta dessas e mais perguntas em nossa review completa!

Lindo, brutal e desafiador, The First Berserker: Khazan é o jogo que os fãs de DnF sempre sonharam

Trazendo os jogadores para o fantástico mundo da franquia Dungeon & Fighter, The First Berserker: Khazan coloca o jogador no papel de General Khazan, um guerreiro temido e extremamente habilidoso, que por motivos desconhecidos, foi traído pelo seu próprio exercito, sendo preso e transportado imediatamente para uma prisão remota.

Durante a viagem, o comboio que transportava Khazan é atacado por uma entidade misteriosa, que possui o general e tenta a todo custo obter controle do seu corpo, fazendo todo o possível para conter a força de vontade de Khazan. Após perceber que havia subestimado a força de Khazan, a entidade se revela como um ser do submundo, e reconhecendo a força do general, ambos chegam a conclusão que unir forças seria o melhor método para cumprir seus objetivos: a vingança de Khazan e derrotar um grande mal que está afetando o submundo.

Uma jornada de vingança

Apesar de beber muito da fonte dos jogos da From Software, a Neople optou por uma abordagem diferente para a narrativa de The First Berserker: Khazan, utilizando não apenas diálogos e documentos in-game para contar sua história, mas também trazendo cutscenes LINDÍSSIMAS para progredir a narrativa, enchendo os olhos graças aos belíssimos gráficos em cel shading do título.

A jornada de Khazan e a entidade é um grande guia do universo de DnF para o jogador, expandindo o universo da franquia como nunca antes visto, apresentando personagens extremamente carismáticos, regiões lindíssimas e extremante diferentes umas das outras, além de claro, servir como uma grande história de origem para Berserker, um dos personagens mais populares da franquia DnF.

O relacionamento entre o general e a entidade é um dos pontos centrais de boa parte da trama, já que o desenvolvimento da confiança que é criada entre os dois durante a jornada é tratado de forma bem natural, sem a necessidade de cortar caminho para forçar uma amizade de uma hora pra outra, fazendo com que o jogador aos poucos também crie um laço afetivo com ambos os personagens.

Apesar de ser um tanto quanto carrancudo, Khazan se provou ser um personagem com um carisma sem igual, e boa parte disso vem da atuação magistral de Ben Starr, que consegue transmitir os sentimentos do general em cada palavra. É possível sentir sua fúria, tristeza, e até mesmo os raros momentos alívio apenas pela entonação em sua voz, mais uma vez provando o motivo do ator estar tão em alta.

Os personagens de apoio que conheceremos durante a jornada não apenas são extremamente carismáticos, o que me fez rapidamente passar a se importar com a grande maioria deles, já que suas motivações e backstory são muito bem escritas, além de terem um bom desenvolvimento na trama de maneira geral. Claro, nem todo NPC será um personagem importante, já que alguns deles estão ali apenas para contextualizar o jogador a respeito dos locais que visitamos ou explicando o que está acontecendo no mundo.

The First Berserker: Khazan também faz uso de documentos espalhados pelos mapas para preencher alguns dos ”buracos” deixados pela história, dando um maior contexto sobre o que aconteceu nos locais antes de nossa chegada, enriquecendo ainda mais a narrativa do jogo.

Com uma boa narrativa complementada por um universo riquíssimo, cenas de ação maravilhosas e um excelente trabalho de dublagem, a história de The First Berserker: Khazan é um prato cheio para os fãs da franquia que queiram aprender mais sobre Berserker, além de servir como uma excelente porta de entrada para aqueles que estão tendo o primeiro contato com o mundo de DnF, cumprindo muito bem o seu papel de manter o jogador interessado em algo além do combate, o que não é algo muito comum em jogos do gênero.

Familiar para veteranos, convidativo para novatos

Utilizando um sistema de missões, Khazan deixa de lado o formato de mundo-aberto ou mapas conectados e incorpora o sistema de mapas avulso, que podem ser acessados através de portais em nosso HUB principal, chamado de A Fenda.

Cada missão se passa em um ponto diferente da mesma região, trazendo um senso de continuidade e progressão apesar da falta de conexão direta entre os mapas. Todos os mapas possuem suas peculiaridades e inimigos que retratam o estado atual daquele local, ajudando a imergir o jogador na narrativa e no universo de DnF.

Apesar de possuírem layouts simples, todos os mapas possuem vários segredos espalhados pelas suas entradas secretas ou caminhos alternativos, como itens para expandir a quantidade máxima de sua poção de cura, baús com novos equipamentos, itens consumíveis, materiais para craft, documentos e muito mais recursos que facilitarão sua progressão.

As missões secundárias em sua esmagadora maioria ficarão acessíveis ao conversar com NPCs dentro da Fenda, já que conforme o desenrolar da história, nosso HUB servirá de refúgio para vários personagens importantes da história. As missões secundárias também possuem seus próprios mapas, que geralmente utilizam chefes e locais já visitados do mapa principal daquela região, porém com algumas diferenças em seu layout e estética.

É através das missões secundárias e exploração dos mapas que desbloquearemos algumas mecânicas bem importantes, como a possibilidade de criar equipamentos e melhorar o estoque de itens a vendas pelos vendedores espalhados pela Fenda, tornando a exploração uma necessidade caso o jogador queira progredir de uma maneira mais suave.

As famosas ”fogueiras” também marcam presença, estando bem distribuídas e colocadas em posições estratégicas, encontrando o ”sweet spot” entre quantidade de fogueiras e distância entre cada uma delas, fazendo com que o jogador se sinta aliviado ao finalmente encontrar a próxima mas se sentir frustrado por uma morte no meio do caminho.

Chamadas de ‘Lâmina Espectral’, esses checkpoints também são o local onde melhoraremos nosso personagem, gastando nossas Lacrimas para aumentar nossos status. Além dos pontos de experiência padrões do gênero, The First Berserker: Khazan introduz dois sistemas próprios a mistura: os Espectros e os pontos de memória.

Os Espectros são guerreiros poderosos que podem assimilados a Entidade, dando a Khazan habilidades passivas ao serem equipados, como aumentar a velocidade de recuperação de vigor e outros status, sendo parte essencial de sua build. Podemos desbloquear novos Espectros ao completar missões secundárias ou ao encontrar suas armas espalhadas pelos mapas do jogo, sendo mais uma das várias recompensas para os jogadores que se dedicarem a completar todos os objetivos extras do jogo.

Podemos alterar nosso Espectro equipado a qualquer momento, possibilitando adaptar o status de acordo com a sua necessidade no momento, sendo extremamente útil principalmente em lutas contra chefes.

Já os pontos de memória, recompensa os jogadores por completar objetivos dentro de cada um dos mapas, como derrotar inimigos de elite, encontrar itens específicos ou concluir missões secundárias. Esses pontos podem ser usados para melhorar nosso dano, dano a barra de energia dos inimigos ou nosso multiplicador de dano.

Cada nível melhorado em cada um dos status aumentará a quantidade necessária para desbloquear a próxima melhoria, tornando a escolha do que melhorar uma decisão extremamente importante e estratégica.

Apesar de trazer esse ar de familiaridade para veteranos do gênero, The First Berserker: Khazan traz algumas melhorias de qualidade de vida, tornando a jornada do general caído acessível para mais jogadores sem necessariamente estragar a experiência de quem busca combates extremamente punitivos.

Uma das principais mudanças na formula é que apesar de perdermos todos os nossos pontos de experiência não gastos ao morrer, que aqui são chamados de lacrima, somos recompensados com lacrimas bônus enquanto enfrentamos os chefes, ganhando uma certa quantia de acordo com a quantidade de dano causado no chefe mesmo ao morrer. Facilitando ainda mais a vida do jogador, ao morrer dentro da sala de um chefe, sua experiência perdida ficará logo em frente ao portão do chefe, permitindo que você recupere sua exp sem a necessidade de entrar na sala do chefe novamente para isso.

Outra decisão que gerou um certo debate dentro da comunidade de jogadores do gênero, foi a adição de um modo fácil, que altera alguns dos status de Khazan, fazendo com que o jogador cause mais dano, receba menos dano, tenha uma recuperação de energia mais rápidas e peso máximo maior, porém, ao mudar para o modo fácil durante o gameplay, não é possível voltar para o modo normal, além de impossibilitar o desbloqueio de algumas conquistas, o que pode ser o principal motivo para alguns jogadores passarem reto pela opção.

Embora essas mudanças na teoria pareçam deixar o jogo muito fácil, na prática não é bem assim, já que os chefes de Khazan estão entre os mais desafiadores de todo o gênero, e um pouco a mais de dano ou defesa definitivamente não serão o suficiente para fazer você questionar sua sanidade e escolhas de vida em alguns encontros.

E por falar em chefes…

Torne-se o Berserker

The First Berserker: Khazan possui um dos melhores sistemas e mecânicas de combate dentre os jogos do gênero, trazendo um enorme arsenal de habilidades e possibilidades para estilos de jogo diferentes, possibilitando que o jogador experimentar diferentes kits de habilidades de maneira dinâmica e acessível.

Khazan segue a receita de bolo do gênero para os comandos básicos, como combos de ataques fracos, ataques pesados, defesa, parrys, dashs, contra-ataque e a possibilidade de correr. Todas as ações consomem um pouco nossa barra de vigor, colocando o jogador em uma posição delicada caso esgote totalmente a barra, já que tomar qualquer hit nesse estado causara stun em nosso personagem.

Nossa movimentação será afetada de acordo com nossa armadura, que são divididas em três categorias: leve, armadura e pesado. Armaduras leves permitem uma movimentação mais ágil e um menor gasto de vigor ao executar ações em troca de poucos status de defesa, armaduras possuem peso e status defensivos moderados, enquanto equipamentos pesados trocam agilidade por altos status de defesa.

Alguns sets de armadura concederão status bônus ao terem 2 ou mais peças equipadas pelo jogador, tornando a escolha dos equipamentos certos algo muito mais estratégico do que simplesmente escolher o equipamento com o maior número de pontos de defesa ou maior quantidade de status base.

Ao longo do game, também desbloquearemos a possibilidade de craftar equipamentos, aumentando ainda mais o leque de builds possíveis e tornando o game um paraíso para os jogadores que amam experimentar diferentes builds e explorar com profundidade tudo o que os jogos do gênero tem a oferecer, já que vários desses equipamentos podem até mesmo conceder habilidades únicas.

Apesar de possuir apenas 3 tipos de armas (espada e machado, espada larga e lança), cada uma delas possui não apenas um moveset completamente diferentes, como também propriedades de ataque diferente e uma árvore de habilidades exclusivas. As habilidades são o coração de todo o sistema de combate de Khazan, abrindo um enorme leque de possibilidades para as mais variadas situações.

Ganhamos pontos de Domínio ao executar praticamente qualquer ação relacionada as mecânicas de combate, seja atacar ou derrotar um inimigo, executar defesas perfeitas ou esquivas perfeitas, fazendo com que cada batalha, mesmo que você acabe morrendo, não seja uma perca de tempo, já que todas as suas ações durante a luta ajudam na sua progressão.

Podemos esquecer habilidades e redistribuir nossos pontos a qualquer momento, possibilitando experimentar as mais variadas combinações de habilidades e armas a qualquer momento.

Entre as habilidades, temos várias habilidades passivas como recuperar energia ao executar uma esquiva perfeita, desbloquear novas rotas de combos e outras melhorias passivas. Também temos acesso a várias habilidades ativas, que são a grande estrela de todo o sistema de combate, graças as suas animações pra lá de estilosas e repletas de acrobacias, além de trazerem uma grande utilidade durante os combates, como garantir frames invencíveis ou melhorar nosso contra-ataque.

Acertar um inimigo irá causar feridas visíveis nos inimigos, imergindo o jogador em cada batalha de uma maneira como nenhum outro jogo do gênero havia feito, tornando os combates ainda mais brutais e visualmente incríveis. Cada uma das armas possui um feeling de gameplay único, alterando drasticamente como abordaremos cada um dos inimigos, principalmente os chefes que colocarão as habilidades até mesmo dos jogadores mais veteranos a prova.

Os chefes de Khazan não são apenas imponentes, mas também dão um show de designs criativos, animações de golpes extremamente fluídas e, acima de tudo, proporcionam o que talvez sejam as batalhas de chefes mais difíceis do gênero em muito tempo.

Todos os chefes possuem uma barra de vigor abaixo de sua vida, que ao ser zerado, colocará o chefe em um estado de stun por um certo período de tempo, abrindo completamente sua guarda e permitindo que o jogador execute um golpe poderosíssimo. Para drenar essa barra, precisamos acertar golpes ou executar parrys e contra-ataques, tornando o parry efetivamente a principal mecânica de gameplay quando o assunto são os chefes, fazendo com que dominar a mecânica e incluí-la em um estilo de gameplay extremamente agressivo seja essencial para a progressão.

Apesar de parecer fácil no papel, a maioria dos chefes de Khazan são bem agressivos, dando pouco espaço para o jogador tomar um respiro entre um golpe e outro, o que para alguns é um ponto extremamente positivo, já que esse tipo de abordagem incentiva o jogador a ser ainda mais agressivo do que o próprio chefe, o que pode obrigar jogadores mais cautelosos a mudar seus hábitos. Executar parrys, contra-ataques ou esquivas perfeitas causam um sentimento de recompensa instantâneo, deixando os combates emocionantes e brutais.

Infelizmente, as batalhas contra alguns chefes tendem a se tornar cansativas graças a um problema universal entre os chefes do jogo: a quantidade imensa de vida.

Mesmo com um personagem bem upado, as batalhas podem se alongar por um tempo muito maior do que o que realmente seria necessário, já que a imensa quantidade de vida dos chefes acaba causando o famoso efeito de ”esponja do dano”, o que pode frustrar principalmente em chefes mais complexos (né Skalpel?). A grande quantidade de vida somado a agressividade de alguns chefes podem tornar algumas batalhas que deveriam ser extremamente épicas e divertidas em uma sessão de grind, o que definitivamente não era a intenção dos desenvolvedores levando em conta o sistema de combate maravilhoso do título.

Khazan também não possui um modo cooperativo, porém permite o jogador invocar um NPC aliado para ajudar nas lutas contra os chefes. Podemos melhorar os status desses NPCs durante a jornada, como seu dano, vida e energia, o que pode ser de grande ajuda principalmente para alguns dos chefes mais carrancudos, apesar da inteligência artificial das invocações não ser lá grande coisa.

É extremamente comum que essas invocações simplesmente se joguem em ataques que tem o potencial de causar um hit-kill, tornando eles essencialmente uma ”bucha de canhão” para a primeira fase desses chefes, o que de maneira alguma substitui um modo cooperativo.

Apesar do deslize com os chefes, a variedade e posicionamento dos inimigos também nos mapas é satisfatório, tendo pouquíssimos momento no qual me vi obrigado a correr pela quantidade de inimigos na área, me proporcionando um nível de desafio bem desafiador, porém justo.

Felizmente, a Neople, desenvolvedora do jogo, está atenta ao feedback dos jogadores e está disposta a fazer mudanças, atendendo os pedidos dos jogadores seja para nerfar os até mesmo buffar alguns chefes, como aconteceu no último patch lançado para o game.

Apesar desse incômodo com o balanceamento de alguns chefes, The First Berserker: Khazan me entregou uma experiência sólida e extremamente divertida, graças as suas mecânicas de combate que permitem que o jogador expresse seu estilo de jogo e habilidade, especialmente contra os chefes, o que me surpreendeu positivamente. A muito tempo um RPG de ação não me arrancava sorrisos enquanto executava algum combo extremamente estiloso ou conseguia passar uma sensação de recompensa tão grande ao derrotar um chefe após uma batalha épica.

Performance e áudio

A trilha-sonora apesar de não ser muito presente, quando entra em ação, é um show a parte, com trilhas que ditam o ritmo das batalhas e das cutscenes. Os efeitos sonoros também contribuem de maneira significativa para a imersão nos combates, permitindo que o jogador sinta cada golpe conectado, cada parry, não apenas visualmente mas também tenha aquela confirmação sonora extremamente prazerosa.

The First Berserker: Khazan possui 2 modos diferentes de otimização para os consoles: o modo qualidade, que prioriza a resolução e texturas, e o modo performance, que prioriza manter os 60 fps. Felizmente, ao menos no modo performance no PS5 base, o jogo consegue segurar bem os 60 fps constantes, sem quedas de frame em momento algum, o que é extremamente importante para um RPG de ação frenético como Khazan.

Apesar de não estar dublado em português, o título está totalmente legendado em português, permitindo que ainda mais pessoas consigam entender por completo a história e os sistemas de combate do game.

O jogo que a franquia precisava

Graças a uma história interessante, melhorias de qualidade de vida para o gênero e, principalmente, um sistema de combate extremamente robusto, responsivo e divertido, The First Berserker: Khazan é um dos melhores RPGs de ação do tipo ”soulslike” dos últimos anos, fincando a bandeira da franquia DnF no ocidente com um jogo de altíssima qualidade.

Apesar do deslize em relação ao balanceamento dos chefes, a criatividade tanto na estética quanto nas animações e golpes não apenas de Khazan, mas também dos inimigos e chefes, tornam o jogo um espetáculo visual, fazendo com que cada batalha seja um encontro épico e recompensador, sendo uma ótima pedida para qualquer fã de jogos de ação que gostam de um bom desafio. As melhorias de qualidade de vida e a inclusão de um modo fácil também abrem as portas para aquelas pessoas que sempre tiveram receio do gênero pela dificuldade, fazendo do título uma boa porta de entrada para novos jogadores.

Essa review de The First Berserker: Khazan foi escrita através de uma chave de review do game para PS5, gentilmente disponibilizada pela Nexon.