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Análise | Titan Quest (PS4, Xbox One, Switch)

Titan Quest é um RPG clássico, desenvolvido pela Iron Lore Entertainment originalmente para PC. Foi distribuído pela primeira vez em 2006 pela THQ, sendo disponibilizado na Steam em 2007. O jogo segue moldes de gameplay similares aos da série Diablo, com uma visão isométrica em terceira pessoa. E similar a Age of Mythology, sua história é embasada na mitologia grega, sedo que todos os aspectos visuais e estilísticos do game resultado de uma extensa pesquisa a respeito dela.

A produção do jogo teve início em 2004, e foi anunciada para o grande público em meados de 2005, recebendo reviews geralmente positivas. Quando publicado, foi indicado como um bom exemplo de RPG, e ao mesmo tempo, criticado por não trazer inovações ao gênero, apostando na tradicional mecânica de gameplay a muito estabelecida. As vendas do jogo e das duas expansões lançadas posteriormente chegaram próximas 1 milhão de unidades. Recentemente, em meados de 2016, o jogo recebeu um porte para dispositivos móveis (Android) onde foi razoavelmente vem recebido pela comunidade, e em março de março de 2018, foi disponibilizado para PS4, Xbox One e Nintendo Switch.

O INICIO DE UMA NOVA ERA

A história de Titan Quest é completamente embasada na mitologia grega e seguramente um dos pontos fortes do jogo. No início, os Titan governavam a escuridão primordial, antes da luz dos deuses do Olimpo aparecer. Após o surgimento dos olimpianos, uma grande guerra foi travada e os Titãs, derrotados, foram aprisionados, tendo início a Era de Ouro do mundo mortal sob a tutela do Olimpo.

Séculos depois, a era de ouro estabelecida pelos deuses do olimpo seria posta à prova, um trio de titãs menores, conhecidos como Telkines interromperiam o canal de ligação que mantinha o Olimpo em contato com o mundo mortal, e invocaram exércitos de monstros para assolar o mundo e prepara-lo para a libertação dos Titãs outrora aprisionados pelos deuses do Olimpo.

Caberá a você assumir o papel do herói que que viajará pela antiga Grécia, Egito e China com o objetivo de eliminar os Telkines e reestabelecer a conexão entre a Terra e o Olimpo, impedindo a libertação dos temidos Titãs que almejam trazer a escuridão primordial de volta.

NOTA

A TRILHA DE DESTRUIÇÃO

Como citado anteriormente, a mecânica de jogo é similar a maioria dos títulos do gênero, e podemos fazer uma comparação direta com os jogos da série Diablo. Titan Quest foi originalmente pensado para ser jogado com mouse e teclado, sendo que para o seu port para os consoles, esta interface foi mapeada e adaptada (com certo sucesso e alguns problemas) para os joysticks.

Iniciamos a jogatina com um avatar de customização limitada a: nome, cor da túnica e ao gênero (masculino ou feminino). O gameplay se dá em terceira pessoa, com visão isométrica e possibilidade de controlar parcialmente o posicionamento câmera, que pode ficar bem próxima ao personagem ou mais distante.

O sistema de progressão é bastante complexo e altamente satisfatório, o jogador ganha pontos de experiência conforme vai cumprindo as missões principais e secundárias e ao derrotar as hordas de inimigos espalhadas pelo mapa, que é enorme e rico em detalhes. Com os leveis adquiridos ao longo do gameplay, você terá acesso a pontos de skill que podem ser utilizados parar aprimorar as características básicas do personagem: força, destreza, inteligência etc.

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Além de pontos de atributo, são conquistados pontos de habilidade, utilizados para desbloquear e upar as Masteries habilities: árvores de skills especiais (passivos e ativos) que conferem ao personagem características únicas. Você poderá escolher entre 8 ramos principais de Masteries habilities: Defence, Warfare, Hunting, Roug, Earth, Storm, Nature e Spirit. Cada uma delas possui uma árvore de skills com características distintas que vão definir o seu estilo de combate durante o gameplay. O sistema de Masteries Habilities é um dos pontos fortes do jogo, além de ser bastante complexo. Você poderá upar dois tipos de Masteries, e durante o gameplay poderá usar skill de ambas. Pode ainda haver a combinação de Masteries, criando uma classe diferente, por exemplo, combinando Nature e Earth, te dará acesso a classe Summoner. Segundo os produtores do jogo, esse tipo de combinação garante acesso a 36 classes diferentes.

O sistema de combate é do tipo hack and slash, e são disponibilizadas uma infinidade de armas (adagas, lanças, espadas, maces, arcos, cajados e escudos), cada uma dessas classes principais de armas podem possuem atributos mágicos, porem o fator mais determinante entre elas é a velocidade de ataque. As armas podem ser encontradas em baús espalhadas no cenário, ao derrotar inimigos ou ainda compradas em NPCs.

O mapa do jogo é enorme, com uma grande variedade de ambientações completamente diferentes. Durante a exploração vamos encontrar em determinados locais do jogo e nas cidades, uma espécie de “fonte” onde surgiremos após eventuais mortes. Nas cidades teremos, além das fontes, acesso a um portal que permite um fast travel entre as cidades descobertas durante a exploração. As missões são divididas entre principais e secundárias, e oferecidas durante o avanço do gameplay por NPCs encontrados nas cidades ou em locais específicos do mapa.

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Todo o avanço gameplay em Titan Quest é satisfatório e mantem o jogador engajado a avançar na história contata por intermédio de diálogos com os NPCs e cutscenes. O jogo segue uma receita de sucesso, mesmo que seja de certo modo datada, continua muito popular entre os jogadores do gênero.

Os portes para os consoles trouxeram ainda a possibilidade jogar via multiplayer online, além de um multiplayer local, que permite que dois jogadores aproveitem o jogo em tela dividida. O modo de jogo em co-op local pode causar algum estranhamento no início, porém após algumas horas de jogo a tela dividida na vertical deixa de ser um incomodo.

O grande problema do port, ao menos para o PS4 onde realizamos nossa análise, está na adaptação para os controles, porém não chega a ser impeditivo para o gameplay, e é até compreensível, tendo em vista que se trata de algo pensado originalmente para ser jogado com mouse e teclado. Os problemas mais irritantes estão associados a mecânica de combate e a seleção de itens dropados: o jogo seleciona inimigos a atacar por proximidade, ou não, de modo

que, mudar a seleção entre os seus alvos é sempre uma dor de cabeça; Ao eliminar os inimigos e abrirmos os baús, coletar o itens que te interessam é um desafio, não há nenhum mecanismos funcional que te permita escolher o que quer coletar, você acabara precisando dar voltar e mais voltas ao redor dos itens até que conseguir pegar aquela espada especial no meio de todas as outas tranqueiras que não te interessam. Outro problema recorrente ao jogar via co-op local, é um bug estranho que acaba impedindo a movimentação do segundo jogador, sendo necessária alguma interação entre os jogadores para que tudo volte ao normal.

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GRÁFICOS E TRILHA SONORA

O jogo embasa o enredo na mitologia de uma civilização real, e devido a isso, os produtores tiveram a mão uma vasta documentação, além de acesso a cidades reais do período histórico em questão, de modo que eles optaram por dar uma característica realística aos ambientes do game. Ao exploramos as cidades temos a impressão de estarmos assistindo a um documentário de TV, o que torna toda a experiência de jogo altamente imersiva. Os inimigos são também inspirados nas mitologias regionais da Grécia, Egito e China. Mas a despeito disso, e do upgrade gráfico feito para o port dos consoles, o visual do jogo já é bastante datado, porém não acredito que seja impeditivo, trata-se de um jogo lançado a mais de 10 anos, o estilo gráfico lhe confere certo charme e desperta alguma nostalgia nos jogadores mais antigos.

A trilha sonora é espetacular, e torna a exploração do jogo altamente imersiva, variando de tom conforme as situações se desenrolam.

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CONCLUSÕES

Titan Quest é um RPG de ação e aventura com um excelente enredo, mecânica de jogo e de progressão incrivelmente satisfatória além de uma ambientação altamente imersiva e realística. O seu sucesso em 2006 não foi por acaso.

O porte para os consoles apresenta alguns problemas e bugs, principalmente na adaptação dos controles, que podem ser em certa medida irritantes, mas não comprometem o avanço no jogo, e com alguma paciência por parte do jogador, são compreensíveis e podem ser até esquecidos. O port de Titan Quest está à venda em todos os consoles, na PSN custa aproximadamente R$100,00; no Xbox One: R$ 59,00; Nintendo Switch: U$: 39,99. É altamente indicado para todos os que o jogaram na versão para PC em meados de 2006 ou após isso, e para os gamers que gostam desse estilo de RPG.

EDMAR PRONTO

“Titan Quest foi cedido a Manual dos Games para análise pela THQ”

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