Review | Tom Clancy’s Rainbow Six Siege X

Fazer uma review de Rainbow Six Siege X é um desafio único. Diferente de jogos completamente novos, Siege X é uma grande atualização que remodela um título já estabelecido há anos no mercado. Por isso, é importante considerar diferentes tipos de leitores, desde os veteranos até quem nunca jogou. Dito isso, a abordagem aqui será a seguinte: primeiro, uma contextualização sobre o que é Rainbow Six Siege; depois, um mergulho nas novidades que chegam com essa atualização transformadora.

O que é Rainbow Six Siege?

Rainbow Six Siege foi lançado originalmente em 2015 pela Ubisoft. Desde então, se consolidou como um dos principais títulos de tiro tático da indústria. O jogo é um FPS com forte ênfase em partidas competitivas cinco contra cinco, onde estratégia e coordenação são essenciais. Ao longo dos anos, ganhou diversos modos de jogo, desde os casuais como “mata-mata em equipe”, até o clássico e aclamado modo “desarmar a bomba”, que é o verdadeiro coração do jogo.

Embora tenha tido uma recepção mista no lançamento, o título cresceu com o tempo, sendo constantemente atualizado com novos operadores, mapas e mecânicas. Hoje, é um dos pilares do cenário de e-sports, com o Brasil, inclusive, conquistando vários títulos mundiais. A jogabilidade, os operadores únicos e o sistema de partidas são seus principais atrativos. Mas depois de quase uma década, estava mais do que na hora de uma renovação. E é exatamente isso que Siege X traz.

E como é jogar Rainbow Six Siege X?

Para quem ainda não conhece, Siege coloca dois times em confronto em mapas variados e complexos. Os atacantes precisam localizar e desarmar uma bomba, enquanto os defensores devem impedi-los a qualquer custo. Cada jogador escolhe um operador, que representa uma força especial ao redor do mundo. Esses operadores são únicos, cada um com habilidades, armas e equipamentos específicos, e escolher a combinação certa é vital para o sucesso da equipe.

Apesar do pano de fundo de espionagem e ação ser desenvolvido por meio de pequenas animações sazonais, o foco do jogo está na prática: rounds intensos, rápidos e táticos. Cada partida exige comunicação, sincronia e adaptação constante. A diversidade de operadores é imensa, e cada um contribui com estratégias diferentes. Alguns são especialistas em destruição de paredes e gadgets, outros são focados em defesa, suporte ou informação. A profundidade tática está em escolher os operadores certos para cada mapa, adaptar o estilo de jogo e executar com precisão.

Falando em mapas, a variedade aqui também é um dos pontos fortes. São arenas detalhadas e repletas de locais específicos onde as bombas podem ser posicionadas. Isso influencia diretamente a estratégia. Mapas grandes, com múltiplos andares e pontos de entrada, forçam os jogadores a pensarem como verdadeiros estrategistas.

As armas, por sua vez, também contam com uma boa dose de personalização. Diferentes tipos de miras, silenciadores, empunhaduras e canos estão disponíveis para você adaptar ao seu estilo. O combate é preciso, intenso, e, com as novas melhorias gráficas e de movimentação, mais fluido do que nunca.

Siege X: uma atualização que muda tudo

A Ubisoft resolveu dar uma repaginada completa em Siege, e as mudanças não são apenas cosméticas. Elas vão direto ao núcleo da experiência. A primeira grande melhoria está nos gráficos. Lançado em 2015, o visual do jogo já demonstrava sinais de envelhecimento. Com Siege X, isso muda. Iluminação reformulada, texturas em alta resolução e novos efeitos de reflexo deixam tudo mais imersivo e alinhado com os padrões atuais. Essas mudanças foram ótimas, o jogo está mais imersivo e bonito, contudo acabou ficando também mais pesado no PC.

A segunda grande novidade é a introdução de um free pass em todas as plataformas principais (PC, PS5 e Xbox Series S|X). Os novos jogadores poderão experimentar o jogo gratuitamente, com acesso a todos os modos, exceto o competitivo (para os intímos é a “ranked”). Essa é uma excelente forma de atrair uma nova base de jogadores e manter a comunidade ativa.

A terceira e talvez mais ousada mudança é a criação de um novo modo chamado Dual Front. Diferente do clássico ataque versus defesa, aqui os times se enfrentam em grandes áreas com objetivos que mudam dinamicamente ao longo da partida. Não há distinção entre operadores atacantes ou defensores. Todos estão disponíveis, o que proporciona uma experiência mais acessível e, ao mesmo tempo, refrescante para os veteranos. Testei o modo e achei bem divertido, realmente muito único e mais voltado pro lado casual, contudo ainda assim é uma experiênica diferente e excelente.

Além disso, há dezenas de outras mudanças e melhorias que merecem destaque: uma nova roda de ping para comunicação mais eficiente, rebalanceamento da operadora Clash (que ficou muito forte), animação de inspeção de armas, melhorias no movimento de rapel, interface completamente reformulada, entre outras. Tudo isso representa não apenas uma atualização, mas uma reimaginação do que é Rainbow Six Siege.

Considerações finais

Rainbow Six Siege X é uma grande atualização que traz melhorias significativas para um jogo que já tinha muita qualidade. Mais do que isso, ela estabelece uma base sólida sobre a qual futuras atualizações poderão se apoiar. Além disso, serve como uma excelente porta de entrada para novos jogadores, oferecendo um modo inédito, mais acessível, mas que ainda mantém a essência tática e única da experiência original.

Essa reinvenção chega em um momento perfeito, celebrando os 10 anos de um título que marcou época e que, pessoalmente, já me proporcionou mais de 900 horas de diversão. Rainbow Six Siege X é uma atualização necessária, ousada e muito bem-vinda. Recomendo fortemente.