A franquia Xenoblade é conhecida por ser umas das grandes pérolas do consoles recentes da Nintendo, fazendo com que a Monolith Soft, desenvolvedora da franquia, se tornasse uma das desenvolvedora de RPGs mais respeitadas da atualidade e uma queridinha dos fãs. Um dos títulos que fincou a bandeira da Monolith foi o clássico Xenoblade Chronicles X, um spin-off da franquia lançado originalmente para o WiiU, que ficou por um bom tempo ”preso” no console de antiga geração da Big N.
Após muitos pedidos, o título finalmente recebeu o seu aguardado remaster para o Nintendo Switch, com a intenção de apresentar esse clássico para novos jogadores, além de agradar os fãs antigos graças a adição de melhorias em seu gameplay e novos conteúdos inéditos. Mas seria o hype criado pelos fãs realmente justificável? Descubra agora em nosso review completo!
Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition é a redenção de um clássico
Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition leva o jogador para uma aventura futurista, mais precisamente no ano de 2054, onde a humanidade vivia o ápice da inovação e alta tecnologia. Apesar das grandes inovações robóticas e tecnologicas, o fatídico ano de 2054 ficou marcado na história da humanidade por um triste acontecimento, que mudaria o rumo de toda a civilização humana: uma batalha alienigina.
Apesar de ser apenas mais um planeta entre as milhões de estrelas espalhadas pelo universo, a Terra foi escolhida como palco de uma batalha entre duas raças alienígenas extremamente poderosas, que varreram o planeta apesar dos esforços humanos em conter os danos causados pelo conflito. Sem outra alternativa, a humanidade decide por deixar a Terra, com vários países enviando milhares de pessoas ao espaço em naves colonizadoras, com o objetivo de procurar planetas habitáveis.
Uma dessas naves, mais precisamente a nave de cidadãos americanos, foi encontrada vagando pelo espaço por uma das raças que havia destruído a Terra, obrigando um pouso forçado no planeta mais próximo, que por uma ironia do destino, era propício para os humanos. Com o pouso forçado, várias capsulas que abrigavam as pessoas dentro dessa nave acabaram se perdendo pelo planeta, levando a criação de uma unidade de elite que tinha como um de seus principais objetivos, encontrar e repatriar essas pessoas desaparecidas, dando início a um novo capítulo na história da raça humana.
Admirável novo mundo
Em Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition assumimos o papel de uma dessas pessoas desaparecidas após a queda da nave, passando anos em estado criogênico em um pod. Ao contrário dos outros jogos da franquia, aqui criamos o nosso próprio personagem, escolhendo entre várias opções de customização de aparência além do nosso nome.
Nosso personagem é encontrado por acaso por um esquadrão de humanos liderados por Elma, que ao perceber que nosso personagem está sofrendo de amnésia graças ao longo período que permaneceu dentro do pod, nos da uma rápida introdução sobre os acontecimentos dos últimos anos.
Somos despertados no planeta Mira, que serve como a nova casa dos colonizadores que estavam na nave enviada pelo governo americano ao espaço. Formando uma pequena sociedade, os sobreviventes conseguiram construir a primeira cidade no planeta, dando início a reconstrução da sociedade humana no espaço. Chamada de New LA, a cidade é extremamente segura e tecnológica, tendo se desenvolvido rapidamente, possibilitando que os sobreviventes retomem suas vidas de maneira parecida como na Terra.
Por se tratar de um planeta que possui características muito parecidas com a Terra, Mira não era um planeta desabitado, tornando os humanos os alienígenas invasores, levando a criança da BLADE, um grupo que tem funções essenciais para a sociedade de New LA, como proteger a cidade, encontrar recursos pelo planeta, catalogar a vida nativa do planeta, além de procurar por outros sobreviventes.
É nesse cenário que somos convidados para nos juntar ao grupo, dando início a nossa jornada por esse planeta desconhecido repleto de cores, vida e muitos segredos.
Mira, o verdadeiro protagonista
Dividida em capítulos, a história principal de Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition nos leva em uma jornada por todo o planeta Mira atrás da Lifehold, um artefato misterioso que foi perdido pela humanidade durante a queda da nave. Apesar de não termos muitas informações a respeito do artefato, a BLADE trata a busca pelos seus fragmentos como uma prioridade absoluta, sendo um dos motivos que levou a criação da unidade.
Ao aceitarmos nos juntar a BLADE, somos colocados no esquadrão de Elma, juntamente com Lin, uma jovem que possui um enorme conhecimento sobre tecnologia e robótica, a tornando um verdadeiro prodígio tanto em batalha quanto em um hangar. Vários outros personagens se juntarão ao nosso esquadrão durante nossa jornada, mas a maioria terá pouco (ou até mesmo nenhum) tempo de tela ou desenvolvimento impactante, fazendo com que a história principalmente gire de fato ao redor do trio de personagens inicial.
Durante a história, entraremos em contato com vários dos habitantes nativos de Mira, como o simpático Tatsu, um Nopon nativo de Mira que após ser salvo pelo nosso esquadrão, se une ao grupo. Tatsu se torna um alívio cômico para a trama, trazendo uma leveza única para a trama, além de ser o responsável por nos dar várias informações relacionadas a vida nativa de Mira.
No entanto, nem todos os nativos do planeta são tão receptivos com a presença humana no planeta, o que pode acabar gerando novos conflitos entre a humanidade e raças alienígenas, algo que devemos evitar a qualquer custo.
O fato de nós sermos os alienígenas em Mira será um tópico que constantemente será debatido na história, colocando em discussão os instintos colonizadores da humanidade, que por muitas vezes, passam a tratar Mira como se fosse o seu próprio planeta, ignorando o fato de que outros seres já habitavam essas terras a milhares de anos.
É com essa deixa que a história de Xenoblade Chronicles X se ramifica de uma maneira única, deixando a história principal de lado por quase 90% do tempo, dando destaque para as missões secundárias e, principalmente, na exploração, fazendo de Mira o verdadeiro personagem principal da aventura. Xenoblade Chronicles X segue uma estrutura não linear, fazendo uso do gigante mundo aberto como parte da narrativa, permitindo que o jogador faça o que quiser, quando quiser, obrigando o jogador a realmente explorar o mundo caso queira ter acesso ao próximo capítulo da história, já que o desbloqueio desses capítulos estão ligados a vários requisitos que precisam ser cumpridos pelo jogador.
Infelizmente, essa escolha acaba prejudicando e muito o ritmo da história, já que iremos passar horas longe da trama principal, e muitas dessas missões secundárias não são nada interessantes, servindo mais como uma desculpa para que o jogador vá até um certo ponto do planeta pela primeira vez. A falta de dublagem na maioria dos diálogos dessas missões também é um fator que acaba tornando várias dessas aventuras desinteressantes, já que boa parte dos personagens que interagimos acabam não tendo uma personalidade muito bem definida.
No entanto, nos poucos momentos em que a narrativa realmente avança, somos fisgados novamente pelos mistérios que envolvem Mira e a Lifehold, graças a seus bons diálogos, personagens carismáticos, e principalmente, as cenas de ação envolvendo os mechas, que são a cereja do bolo. Apesar de ser negligenciada ao ponto de muitas vezes fazer o jogador esquecer do que aconteceu no capítulo anterior graças ao requisitos para desbloquear o próximo (alaremos mais sobre isso em breve),
A construção de Mira como a estrela de Xenoblade Chronicles X é feita de maneira magistral, já que a todo o tempo o jogador é instigado a explorar todos os cantos desse maravilhoso universo graças a seus biomas diversificados e criaturas fantásticas, dando a impressão de que estamos escrevendo nossa própria história, já que estamos conhecendo todas as maravilhas de Mira juntamente a nossos companheiros, imergindo o jogador nesse mundo de uma maneira que poucos jogos conseguiram fazer.
Apesar desse formato meio questionável e repleta de missões secundárias no formato ”fetch quest” que não agregam muito para a narrativa, a história e principalmente a construção do universo de Xenoblade Chronicles X é um prato cheio para amantes de ficção cientifica e aventuras espaciais, graças ao grande foco na exploração e a imersão criada, realmente fazendo o jogador se sentir como um explorador.
O céu (não) é o limite
Contando com um mundo aberto denso e lindíssimo, Xenoblade Chronicles X tem como principal aspecto a sua exploração, instigando o jogador a explorar por completo e descobrir todas as maravilhosas que Mira tem a oferecer. Com diferentes biomas que vão desde desertos, florestas cheias de vida e até mesmo um continente polar, Mira é os sonho molhado de todo amante de histórias espaciais que sonham em um dia poder explorar uma planeta alienígena e catalogar sua vida nativa.
Podemos ir para qualquer lugar do mapa desde os primeiros momentos de jogo, independente do nosso nível, dando ao jogador um senso único de liberdade, alcançando um nível de imersão que com certeza da inveja a vários jogos de mundo aberto lançados nos últimos anos. Xenoblade Chronicles X apostou na verticalidade em seus biomas, trazendo uma certa complexidade para a exploração, já que por muitas vezes teremos que quebrar a cabeça para descobrir como subir em tal superfície para encontrar um objetivo.
E falando em objetivos, obviamente Xenoblade Chronicles X traz alguns deles para motivar os jogadores a explorar cada cantinho do mapa, tendo como principal mecânica do mundo a instalação de sondas e descobertas de tesouros. Espalhadas pelo mapa, os pontos para a instalação dessas sondas são estrategicamente colocados pelo mundo aberto, que ao serem encontrados, além de revelar o posicionamento de tesouro próximos, serão uma fonte de recursos gerados passivamente.
Podemos construir uma rede de sondas conectadas, que não apenas servirá como fonte de recursos importantes, como também contribuirá para nossa taxa de pesquisa de cada uma das regiões de Mira, que será um dos requisitos para o desbloqueio de capítulos de história mais avançados.
Claro, Mira também é habitada por dezenas de espécies alienígenas, que estarão espalhadas por todo o mundo do jogo, dos mais variados tipos e tamanhos, indo desde alguns animais que parecem muito com espécies terráqueas até seres que lembram dragões ou outros criaturas que vivem apenas em nosso imaginário. Cada um dos biomas possui criaturas únicas e a características de suas regiões, tornando cada um dos continentes uma experiência única para o jogador.
Cada espécie possui um padrão de comportamento único, com algumas sendo pacíficas e só nos atacando caso sejam provocadas primeiro, enquanto outras agem de maneira extremamente protetora, atacando qualquer invasor que ouse se aproximar de seu espaço. Essa dinâmica contribui para que o jogador se sinta em um ambiente desconhecido, já que nunca saberemos o que encontraremos atrás daquela árvore gigante ou na área acima da qual estamos.
Como se já não bastasse um mundo aberto extremamente rico, a Monolith deu um passo a mais, introduzindo um elemento que, pra muitos jogadores, é a estrela da festa de Xenoblade Chronicles X: os mechas!
Chamados de Skells, somos apresentados a existência dos mechas de Xenoblade Chronicles X muito cedo na história, nos dando um gostinho do que nos espera pelo futuro da aventura, já que dada a escassez de recursos, seu uso é extremamente limitado para alguns poucos membros da BLADE, sendo concedido apenas para seus membros que demonstrem habilidades muito acima da média e feitos heróicos.
Quando finalmente ganhamos acesso aos Skells, a exploração de Xenoblade Chronicles X é expandida em 200%, já que graças a sua mobilidade superior, temos acesso a locais muito mais altos, além da possibilidade de atravessar rios e até mesmo percorrer todo o mar de Mira de maneira muito mais efetiva graças a seus propulsores.
O que realmente torna os mechas a grande estrela é a capacidade de voar (!!!) com os Skells, que embora só seja desbloqueado após cerca de 30 horas de jogo, ou até mais, é sem dúvidas a recompensa final para os jogadores que chegarem até esse ponto da jornada. TODO o mapa de Mira pode ser explorado, sem limitações por paredes invisíveis ou coisas do tipo, é dada a total liberdade ao jogador de cortar os céus e ir onde quiser e quando quiser.
Além da exploração, os Skells também são incorporados as mecânicas de combate (que falaremos sobre jaja), tornando a adição dos mechas um grande ponto de virada para o jogo em todos os aspectos.
Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition proporciona uma experiência única em jogos de mundo aberto, sendo possivelmente, o RPG definitivo quando o assunto é exploração e liberdade, já que em nenhum momento o jogo tenta limitar o seu acesso a áreas específicas através de recursos que possam tirar o jogador da imersão criada pelo mundo, como paredes invisíveis. As únicas ”restrições” são impostas pela própria vida nativa e estrutura do planeta, fazendo parte da imersão e constantemente dando aquele sentimento de ”um dia eu vou explorar aquela montanha”, e graças aos Skells, você realmente irá explorar aquela montanha sem qualquer restrição.
Mecânicas de combate e sistema de classes
Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition traz para a mesa um sistema de classes que apesar de simples, é muito completo, permitindo que o jogador explore várias opções diferentes em seu gameplay. Divididas em 3 árvores diferentes com ramificações, cada classe possui habilidades únicas, tendo um foco maior em causar dano, agir mais como um tanque ou habilidades de suporte.
Cada uma dessas classes também faz uso de armas específicas, tendo em seu kit uma arma branca e uma arma de fogo, que vão desde espadas duplas, espadões, facas, escudos, rifles, SMGs, miniguns e muito mais.
Além do nível de personagem, todas as classes possuem um nível de rank próprio, que será usado para desbloquear novas habilidades ativas e passivas. Diferentes da maioria dos RPGs, as habilidades desbloqueadas não ficarão disponíveis apenas ao utilizar a classe usada para seu desbloqueio, mas sim a arma usada por aquela classe específica, já que várias classes fazem uso das mesmas armas.
Podemos alternar nossa classe e habilidades equipadas a qualquer momento, fazendo com que seja importante evoluir várias classes diferentes para tirar o máximo de proveito possível de nossas armas favoritas, tornando o sistema de classes de Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition extremamente versátil e altamente customizável.
Apesar de nossos companheiros terem suas próprias classes pré-definidas, podemos alterar suas habilidades ativas e passivas, possibilitando ao jogador criar um esquadrão onde cada membro consiga cobrir a fraqueza do outro. Ao derrotar um inimigo ou completar uma missão, todos os membros do esquadrão desbloqueados ganharão experiência, permitindo que o jogador utilize qualquer um dos membros sem aquela preocupação de upar algum personagem específico enquanto os outros ficam pra trás, fazendo com que nosso personagem e os membros do grupo fiquem sempre com o nível bem parelho.
Desbloqueamos novos membros para o nosso grupo através de missões secundárias e dos capítulos de história principal, que podemos ser alterados a qualquer momento no menu de seleção de membros. Algumas missões, no entanto, podem restringir o uso de membros específicos ou o número da party, mas são missões pontuais e que em nada atrapalham o sistema de maneira geral.
Temos acesso a até oito habilidades ativas ao mesmo tempo, além de algumas passivas que podem aumentar o nosso dano, defesa ou outros status. Podemos alterar todas as habilidades equipadas a qualquer momento no menu de Arts, como são chamadas as habilidades em Xenoblade, permitindo adaptar nossas habilidades de acordo com o desafio.
Cada habilidade possui um tempo de recarga único antes de poder ser usada novamente, além de outras mais poderosas exigirem uma quantidade mínima de TP, uma espécie de mana que é gerada de maneira passiva durante os combates. É possível executas combos de habilidades com nossos companheiros, que constantemente abrirão brechas para o uso de uma habilidade corpo-a-corpo ou com armas de fogo, tornando os combates dinâmicos abrindo janelas para causar dano extra aos inimigos.
Além de nossas armas, também temos acesso a equipamentos de armadura, que não afetam apenas nossos status mas também possuem um apelo estético, permitindo que o jogo crie visuais poderosos e estilosos, o que honestamente, é a parte mais importante desses sistemas para vários jogadores. Também podemos alterar os equipamentos de todos os membros do esquadrão, dando uma camada extra a customização de Xenoblade Chronicles X.
Diferentes da maioria dos RPGs, nosso nível tem pouco impacto em nosso dano ou defesa, dando uma importância maior para nossos equipamentos. De nada adiantar ter um personagem nível 99 com equipamentos fracos, já que dificilmente conseguiremos enfrentar inimigos 60 níveis abaixo do nosso caso nosso equipamento não seja adequado para a batalha.
Os mechas também são completamente integrados ao sistema de combate, permitindo que o jogador embarque e desembarque de um Skell a qualquer momento, sendo extremamente úteis principalmente em batalhas contra inimigos gigantes. Os Skells também possuem habilidades diferentes atreladas as suas peças, que também podem ser amplamente customizadas no hangar.
Tamanha é a integração dos Skells aos sistema de Xenoblade, que os membros grupo também podem ter seus próprios mechas, bastando que o jogador registre-os como piloto de uma das máquinas disponíveis no hangar. Ao ser registrado, ele não apenas utilizará o Skell para combate, mas também caminhará (e voará) a bordo do mecha ao seu lado no mundo-aberto, o que é simplesmente fantástico.
A cereja do bolo são as funções online de Xenoblade Chronicles X, que fazem uso de todos os sistema de combate do game, permitindo a realização de missões online em modo cooperativo e até mesmo dando a opção de recrutar personagens criados de outros jogadores, que funcionarão como mercenário em sua party, recebendo uma certa quantia por hora de acordo com o seu nível.
É perfeitamente possível, por exemplo, contratar 3 avatares de jogadores níveis 99 e ”quebrar” o jogo, desde que você tenha dinheiro o suficiente para isso, dando ainda mais liberdade para que o jogador curta a aventura da sua própria maneira.
Maravilha técnica em todos os sentidos
É difícil acreditar que Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition é original um jogo de WiiU, já que não apenas seus gráficos continuam extremamente bonitos para os tempos atuais, mas a densidade de seu mundo aberto rivaliza com folga com grandes jogos lançados para a atual geração de consoles. Graças a uma direção de arte magnifica, Xenoblade Chronicles X é um espetáculo visual, enchendo a tela de cores vivas e criaturas belíssimas, sendo um dos melhores trabalhos da Monolith nesse aspecto.
Apesar de ser um jogo de final de geração do Switch, a remasterização de Xenoblade Chronicles X apresentou uma performance muito satisfatória, com poucos momentos em que pude sentir uma queda brusca de quadros ou resolução, sendo uma aventura fluída pela maior parte do tempo. Infelizmente, o Switch não foi capaz de rodar Xenoblade a 60 fps, mas quem sabe no Switch 2?
Composta por Horyuki Sawano, um dos compositores japoneses mais aclamados pelos amantes de animes e jogos japoneses, a trilha-sonora de Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition também é um espetáculo a parte, com faixas maravilhosas que tornam cenas dramáticas ainda mais impactantes e empolgam durante os combates e cenas de ação.
É nítida o carinho colocado em cada uma das faixas, desde as músicas feitas apenas para se misturarem ao som ambiente durante a exploração até aquelas guardadas para grandes cenas, tornando a trilha-sonora de Xenoblade Chronicles X uma das melhores da história sem sombra de dúvidas.
A dublagem também é muito agradável, com vozes que combinam com os personagens na maior parte do tempo, além da ótima atuação dos atores, que trazem a carga dramática necessária para as cenas da história. Infelizmente, o título não conta com dublagem ou legendas em português, o que pode ser um grande problema para alguns jogadores, já que apesar de Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition possuir vários tutoriais detalhados sobre seus sistemas e legendas em todas as cutscenes, um entendimento mais profundo do inglês é necessário para aproveitar a jornada.
Um clássico que sobreviveu ao tempo
Xenoblade Chronicles X: Defintive Edition provou pra mim que sim, todo o hype criado pelos fãs da franquia que pediam por essa remasterização era justificado, já que apesar de seus defeitos relacionados a progressão da história e a quantidade massiva de missões secundárias desinteressantes, todos esses problemas eram deixados de lado quando embarcava em meu Skell e saia para explorar esse maravilhoso planeta criado pela Monolith.
Recomendas ou não a remasterização de Xenoblade, no entanto, é um tanto quanto complicada, já que o título acena de maneira positiva e negativa para vários públicos diferentes. Você é um fã de RPGs que dão ênfase em sua narrativa? Se sim, dificilmente Xenoblade Chronicles X te agradaria. Você prefere um RPG que priorize a exploração e liberdade do jogador? Xenoblade Chronicles X é o jogo perfeito para você! Ama mechas? Xenoblade Chronicles X também é um jogo que tem que entrar pra sua lista!
Sendo um amantes de mechas e de RPGs japoneses, a franquia Xenoblade finalmente entrou para o meu radar de maneira definitiva graças a Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition, e com certeza será um dos jogos que eu panfletarei para fãs do gênero por muito tempo.
Esse review de Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition foi escrito através de uma chave do game para Nintendo Switch, gentilmente disponibilizada pela Nintendo.
O Review
Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition
Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition revitaliza o clássico do Wii U com maestria, trazendo melhorias que tornam o jogo mais acessível para novos jogadores e mantendo intacto tudo o que fez Xenoblade Chronicles X ser tão aclamado pelos fãs, fazendo de um dos melhores JRPGs da última década um título ainda mais especial.
PRÓS
- Mecânicas de gameplay refinadas
- Mundo-aberto e exploração sem igual
- Mechas levam a liberdade e exploração para outro patamar
CONTRAS
- Excesso de missões secundárias que não agregam a narrativa
- Ausência de localização para português