The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom chegou em 12 de maio de 2023 para Nintendo Switch, elevando ao quadrado tudo o que The Legend of Zelda: Breath of the Wild proporcionou com sua inovação em jogabilidade e significado de mundo aberto em jogos. Nesta análise, cobriremos como a versão para Nintendo Switch 2 de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (disponível no lançamento do Nintendo Switch 2 em 5 de junho de 2025) está visualmente e em sua performance, e faremos um breve resumo de sua história intrigante e cheia de mistérios, ainda preservando o leitor de possíveis spoilers.
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e sua história com um tom sombrio e cheio de mistérios
Em The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, iniciamos o jogo acompanhados da Princesa Zelda, explorando a parte de baixo do castelo com o intuito de descobrir a origem do miasma que está saindo das cavernas e adoecendo os habitantes de Hyrule. Ao explorar as profundezas do castelo, nos deparamos com escrituras, estátuas e ruínas de uma antiga civilização dos céus, os Zonai, possíveis fundadores de Hyrule, tendo Rauru como o primeiro rei. O personagem Rauru também aparece em The Legend of Zelda: Ocarina of Time.
Infelizmente, nem tudo são flores, e quando pensamos que nada pode piorar, as coisas se agravam. Após encontrarem uma criatura sombria que conhece Link e Zelda, algo muito trágico acontece, fazendo com que a Princesa Zelda e Link se separem, ocasionando o desaparecimento de Zelda. O jogo se desenrola a partir daí: nossa missão é descobrir o paradeiro da Princesa, o que está causando o miasma e deter o pior enquanto há tempo.
Ao contrário do Breath of the Wild, que indicava já para onde ir para resolver o problema core do jogo que é indo ao Castelo de Hyrule, em Tears of the Kingdom fica subtendido que precisamos ir até lá para resolver um dos problemas e isso fica apenas claro ao avançar no jogo após finalizar algumas missões principais.
Para alguns jogadores isso pode ser algo ruim porque o jogo não deixa claro, mas que ao meu ver é interessante porque te motiva a explorar e investigar. Enquanto em Breath of the Wild nós temos as memórias para entender o que aconteceu antes dos acontecimentos presentes no jogo, em Tears of the Kingdom precisamos investigar as lágrimas, que nos conta fatos que aconteceram na época dos Zonai.
No geral, a história do Tears of the Kingdom é excelente e repleta de mistérios e com um toque sombrio, tenebroso, evocativo, que faz o jogador querer combater a escuridão e os miasmas que tomam de conta de Hyrule.
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom Nintendo Switch 2 Edition e suas melhorias
Abaixo irei listar todas as melhorias e minhas impressões em relação ao The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom Nintendo Switch 2 Edition.
A localização em português brasileiro foi finalmente adicionada a The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom. O melhor é que essa atualização não é apenas para a Nintendo Switch 2 Edition: a versão de Nintendo Switch 1 também está em português! Nós, fãs brasileiros, ficamos muito felizes porque o jogo contém muita informação escrita, principalmente descrições das missões, e quem não domina o inglês tem tido dificuldades para aproveitar esta obra-prima. Agora, quem não pôde aproveitar antes devido à barreira do idioma, poderá jogar tranquilamente, e a localização está perfeita, tudo adaptado para que as falas soem com naturalidade.
Gráfico e performance
O The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom Nintendo Switch 2 Edition na dock apresenta um belo visual em 4K a 60 quadros por segundo, vindo de um upscaling de 2K (1440p) com DLSS e em FULL HD (1080p) no modo portátil.
Muitas das texturas estão melhoradas, assim como as sombras, a filtragem anisotrópica (técnica usada em computação gráfica para melhorar a aparência de texturas em superfícies inclinadas em jogos) e a oclusão de ambiente melhor, além do suporte em HDR.
Draw distance poderia estar melhor
Infelizmente, o draw distance (que determina a distância em que texturas, objetos em 3D, entre outros, são renderizados) basicamente permaneceu igual à versão do Switch 1. Caso você fique parado observando o ambiente, a diferença é notória. Vamos aos detalhes: observem que na IMAGEM 1, a sombra da árvore logo à frente está com poucos detalhes e embaçada, assim como a textura ao redor; já na IMAGEM 2, ao nos aproximarmos, podemos ver tudo nítido e bem detalhado. Acredito que o Switch 2 tem poder suficiente para melhorar isso, mas talvez tenham optado por manter para não comprometer a performance.
IMAGEM 1
IMAGEM 2
E falando em performance, finalmente poder jogar esse jogo fantástico em 60 FPS é uma maravilha. O combate e a progressão dependem também de tática, e às vezes precisamos enfrentar uma certa quantidade de monstros, causando um certo caos, com muitas partículas e coisas acontecendo ao mesmo tempo. Em 60 FPS, tudo isso mais suave melhora a experiência significativamente, até mesmo na jogabilidade. Os 30 FPS não eram um problema; quando se mantinha estável, dava para jogar tranquilamente. O problema era na hora de usar alguma habilidade, como a Ultrahand: ao ativá-la, o jogo caía o frame e causava uma leve sensação desagradável. Agora, com a versão de Switch 2, este problema foi resolvido.
Sonoplastia incrível
A qualidade sonora e a trilha sonora de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom Nintendo Switch 2 Edition são incríveis. O Nintendo Switch 2, em suas configurações de áudio, permite usufruir de qualidade surround sound, e com um aparelho compatível, a experiência se torna surreal. Algumas músicas são releituras de Breath of the Wild, mas impressiona a forma como são apresentadas.
Como um admirador de trilhas sonoras em jogos e filmes, uma das músicas que mais gosto em Tears of the Kingdom é a dos santuários (shrines). Ela tem um ritmo tranquilo, levemente melancólico, que proporciona uma imersão profunda, e a sensação é de que a música ajuda na concentração, principalmente quando há algum quebra-cabeça bem difícil. O som ambiente te faz relaxar, mesmo quando você só quer sair cavalgando, apreciando as belezas do jogo.
Vale a pena jogar The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom no Switch 2?
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom Nintendo Switch 2 Edition é a versão definitiva para você aproveitar esse jogo espetacular. O jogo já tem uma linda direção de arte, fugindo da proposta realista e entregando um título bonito em sua essência e super divertido. Agora, com altas taxas de quadro e resolução em 4K, excelente qualidade sonora e uma jogabilidade suave e digna de um espadachim, a experiência é completa. Este review foi possível graças à chave cedida pela Nintendo Brasil. Muito obrigado pelo apoio!
O Review
Review | The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (Nintendo Switch 2 Edition)
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (Nintendo Switch 2 Edition) nos proporciona uma versão definitiva para aproveitar esta obra-prima. Com resolução em 4K na dock e em 60fps, usar as habilidades do Link nunca estiveram tão suaves e precisas como nesta versão aprimorada, além de aprimoramento em texturas, sombras, filtragem anisotrópica e oclusão de ambiente. E a cereja do bolo para nós brasileiros, a localização em português brasileiro.
PRÓS
- Resolução em 4K vindo de um upscaling de 1440p;
- Altas taxas de quadro;
- Design de áudio impecável com compatibilidade a surround sound;
- Melhorias gráfica no geral;
CONTRAS
- Draw distance ainda limitado