Shuhei Yoshida deu uma entrevista para a Game Developer durante a gamescom latam, e em meio ao recente sucesso do Game Pass, que entregou vários jogos de qualidade recentemente, como o remaster de The Elder Scrolls IV, Clair Obscur: Expedition 33 e outros, o ex-PlayStation decidiu conversar sobre o lado negativo desses serviços de assinatura.
Yoshida se preocupa com jogos que poderiam ser jogados apenas no serviço de assinatura

O ex-PlayStation destacou que assinaturas como o Game Pass tem seu impacto positivo para os desenvolvedores, mas com vários jogos first-party da produtora chegando, isso pode afetar a visibilidade de jogos third-party e principalmente indies encontrarem seu destaque dentro do serviço.
“Se a única maneira das pessoas jogarem for por meio de assinaturas, isso é realmente perigoso, porque o tipo de jogo que pode ser criado será ditado pelos donos dos serviços de assinatura“, diz Yoshida.
“Isso é muito, muito arriscado, porque sempre deve haver ideias novas sendo testadas por pequenos desenvolvedores, que criam a próxima onda de inovação. Mas se as grandes empresas ditarem quais jogos podem ser criados, não acho que isso vá fazer a indústria avançar.“
Yoshida também acredita que a Microsoft deu um passo maior que a perna ao prometer todos os lançamentos de jogos first-party no Game Pass no lançamento. E, apesar de admitir que sua opinião pode ser influenciada por tantos anos na PlayStation, ele acredita que o modelo da PlayStation Plus é mais saudável em comparação ao adotado pela concorrência.
“Acredito que a forma como a Sony abordou as [assinaturas] é mais saudável. Sabe, não prometer demais e permitir que as pessoas gastem dinheiro para comprar os jogos novos“, ele acrescentou. “Depois de alguns anos, não haverá muitas pessoas dispostas a comprar esses jogos pelo preço inicial, então eles serão adicionados ao serviço de assinatura e mais gente poderá experimentá-los a tempo do próximo jogo da franquia ser lançado.“
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Porém, Shuhei Yoshida elogia outras escolhas feitas pela Microsoft
Apesar de não concordar 100% com o modelo do Game Pass, Yoshida elogiou o investimento da Xbox em relação à retrocompatibilidade. Ele acredita que o feito da empresa de conseguir fazer rodar jogos desde o primeiro console, deve ter sido fruto de um grande investimento em engenharia, e que isso foi muito inteligente e muito bem planejado.






