Já é recorrente o debate sobre a possível extinção dos jogos em mídia física à medida que os anos passam. Muitos acreditam que, no futuro próximo, os consoles não terão mais leitores de disco integrados, e que o acesso aos jogos se dará exclusivamente por meio de mídias digitais, seja por licenças adquiridas em lojas online ou por serviços de streaming. Nesse cenário, a mídia física ficaria restrita a colecionadores e entusiastas. No entanto, parece que essa extinção não é apenas especulação de internautas e analistas de mercado.
De acordo com o portal Eurogamer, o mercado de jogos do Reino Unido registrou, ao longo de 2024, uma queda considerável nas vendas de jogos em mídia física. Os consumidores têm preferido adquirir cópias digitais ou optar por serviços de assinatura, como Game Pass ou PlayStation Plus, em vez de comprar jogos físicos. Segundo o portal, as vendas de mídias físicas caíram cerca de 34,5% em comparação com 2023, enquanto os serviços de assinatura apresentaram um crescimento de 12%.
Apesar dessa queda expressiva, 2025 pode se mostrar um excelente ano para os jogos em mídia física, especialmente com o lançamento de títulos de peso, como Monster Hunter Wilds, GTA 6, Death Stranding 2, entre outros. Além disso, o aguardado lançamento do novo console da Nintendo, apelidado pelos internautas de “Nintendo Switch 2”, promete aquecer o mercado e gerar expectativas positivas entre os consumidores.
Será mesmo o fim dos jogos em mídia física?
Este debate já persiste há algum tempo na internet, com muitos defendendo que a transição para o digital é inevitável e sem retorno. A indústria de jogos, de fato, tem se preparado há anos para uma migração total para o digital, gradualmente deixando a mídia física para trás. Exemplos disso são títulos que sequer possuem versões físicas; em alguns casos, mesmo que o jogador adquira uma “caixa” do jogo, ela contém apenas um código para download. Além disso, há casos em que jogos em mídia física vêm incompletos, exigindo que o jogador faça o download do restante do conteúdo. Um exemplo recente foi Indiana Jones e o Grande Círculo, em que os usuários precisaram baixar parte significativa do jogo digitalmente.
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Outro caso notável foi Alan Wake 2, que não contou com uma versão física, gerando grande decepção entre entusiastas e colecionadores.
Este humilde escritor acredita que as mídias físicas não desaparecerão completamente do universo dos jogos, mas provavelmente se transformarão em itens de nicho, voltados para colecionadores e fãs mais apaixonados. Enquanto isso, o público geral tende a investir cada vez mais em títulos digitais, seja por meio de plataformas oficiais como PSN, Xbox Live e Steam, ou através de lojas revendedoras de chaves. A conveniência, os descontos e a acessibilidade oferecidos pelo mercado digital parecem apontar para o futuro do consumo de jogos.