The Last of Us Part I é o remake do primeiro The Last of Us lançado para PS3 em 2013, que já teve uma versão remasterizada para PS4 em 2014 juntamente com o lançamento do console. Percebendo os recursos e tecnologias da nova geração, a Naughty Dog resolveu trazer a versão definitiva do jogo para o PS5. Mas o que essa versão trás de melhorias que podem levar o público a comprá-la?
The Last of Us e sua história emocionante
Para quem não conhece a história de The Last of Us, trata-se de uma jornada intensa em um mundo pós-apocalíptico que ficou assim depois que um fungo ultra resistente se alastrou e transformou as pessoas em monstros e infectados. Nessa jornada de sobrevivência, as vidas de Joel e Ellie se cruzam. Joel e sua amiga Tess aceitam levar Ellie para o centro dos Vaga-lumes, uma comunidade que busca a cura da doença causada pelo fungo, em troca da devolução das armas que foram roubadas por Robert e vendidas para a líder dos Vaga-lumes, Marlene, que negocia com Joel e Tess após ficar ferida em combate.
Durante a jornada, Joel vai descobrir que Ellie contém o fungo, mas não se transformou nas criaturas. Eles então criam laços de pai e filha e entendem que um precisa do outro para seguir em frente nesse mundo devastado.
A melhor versão de The Last of Us
Uma coisa inegável ao jogar The Last of Us Part I e percebido imediatamente é que graficamente o jogo está bem superior às suas versões anteriores. A Naughty Dog reconstruiu todas cenas de animação e os personagens que são encontrados durante a jornada.
Diferente da versão remasterizada, as expressões faciais estão mais realistas, ao ponto de transmitirem com mais intensidade todos os sentimentos da cena. Um exemplo logo no começo do jogo é a cena em que a filha de Joel, Sarah, falece em seus braços. Toda a dor causada pela perda é transmitida. Tudo está mais realista, os olhares, feridas e efeitos visuais.
Vale mencionar que essa versão consegue entregar o melhor efeito de sangue dos jogos já lançados no mercado. É surpreendente como isso deixa o jogo mais violento e impactante. E não é só isso que chama atenção, efeitos de explosões, cenários com partículas do fungo e ambientes escuros ganharam melhorias.
A Naughty Dog é uma empresa que sempre gosta de superar seus projetos anteriores. Em muitos pontos o remake consegue superar o que vimos em The Last of Us Part 2 pelos recursos que o Playstation 5 oferece.
Jogabilidade aprimorada, mas não é a mesma de The Last of Us Part 2
Diferente do que muitos jogadores esperavam, o remake de The Last of Us I não usa a mesma mecânica de Ellie em The Last of Us Part 2. A jogabilidade foi muito aclamada por ser mais rápida, bem como a possibilidade da personagem deitar no chão para se esconder ou usar ataques surpresas.
The Last of Us Part I possui mecânicas parecidas com as versões anteriores, mas aprimoradas com o uso do Dualsense. Nas versões anteriores, o personagem tinha uma jogabilidade mais travada que tornava o Joel um pouco lento na movimentação, durante o acesso ao menu também ficava um pouco limitado pelo uso da GPU do PS3 e isso foi mantido na remasterização.
Agora no Remake, a Naughty Dog conseguiu polir e aprimorar a jogabilidade que está mais rápida e precisa. Joel e Ellie se movimentam muito melhor e os menus são rápidos para acesso durante o combate. Mesmo não contendo os recursos extras da Ellie do segundo jogo, a movimentação está bem superior às outras versões.
A mira não sofre aquela movimentação puxando para os lados que acontecia mesmo quando estava parada. Isso era irritante e dificultava bastante. Agora a mira é estável e fica um pouco mais fácil na hora de atirar.
Os inimigos ganharam mais inteligência artificial e estão mais espertos, eles podem se unir para ir ao local onde Joel está, além de enviarem outros para pontos específicos para encurralar. Os inimigos estão mais equilibrados e desafiadores.
O bom uso da tecnologia do Playstation 5
Uma coisa que os jogadores de Playstation 5 vão adorar é como o uso das tecnologias do console foi aplicado ao jogo. O Dualsense brilha nessa versão por explorar vários recursos de controle, tanto na acessibilidade que vamos detalhar mais pra frente, quanto na hora do combate, em que os gatilhos sofrem pressões de acordo com a arma que está sendo utilizada. Um exemplo dessa situação é no uso do arco e flecha, ao pressionar para usá-lo, o jogador sente a resistência do arco ao colocar a flecha.
Durante o combate físico e nos diálogos o uso do controle tem a sua importância. O jogo permite ao jogador colocar pequenas vibrações durante o diálogo, combate corpo a corpo e na ambientação do cenário, como sentir a queda das gotas da chuva. De fato, souberam aproveitar bem os recursos do Dualsense.
A tecnologia do Áudio 3D mantém os jogadores mais imersivos na história e durante a gameplay. O recurso permite identificar exatamente onde os inimigos estão localizados e qual direção eles estão tomando. A qualidade sonora está muito superior à versão remasterizada.
Acessibilidade em The Last of Us Part I
A Naughty Dog trouxe mais novidades na acessibilidade após os recursos terem sido muito bem aceitos pela comunidade. No remake os recursos para jogadores cegos, surdos e com necessidades de acessibilidade motora foram aprimorados. O game fornece 3 predefinições de acessibilidade que podem ser customizadas de acordo com a necessidade e o gosto do jogador.
São muitas opções para auxiliar os jogadores. Uma delas possibilita os diálogos através do Dualsense com feedback háptico, permitindo que os surdos sintam os tremores sonoros, além de contar com as legendas no jogo.
Extras e mais extras nessa edição
The Last of Us Part I, como era de se esperar, conta com vários extras para aumentar a vontade do jogador de retornar ao game após terminar.
Modo Speedrun: É a novidade da vez e desafia o jogador a terminar o game com o menor tempo possível.
Modo Punitivo: É o modo mais difícil do jogo, o remake já conta com esse modo ativo desde o início.
Modo Foto: está disponível no jogo, e para os apaixonados por fotos existem alguns filtros e modelos que podem ser usados durante a edição. Um ponto negativo no modo foto é que ele não permite que o usuário fique livre para fotografar, deixando-o com angulação limitada. Outro ponto frustrante é que as mudanças de humor e posições em outros jogos da Playstation não estão presentes nessa versão. Você não consegue deixar os personagens sorrirem juntos para tirar aquela foto, necessitando pausar o jogo até o momento certo.
Skins: O game traz novas skins que podem ser trocadas a qualquer momento no jogo.
Filtros: Por fim, a novidade mais interessante só pode ser usada após concluir o modo história uma vez. São várias opções de filtro como, por exemplo, jogar o game em preto e branco, em 8 bits e aquarela. Os filtros dão um charme a mais para quem quer jogar novamente para platinar.
Vale a pena jogar The Last of Us Part I
Sim, vale muito a pena jogar The Last of Us Part I pela qualidade que o remake apresenta em comparação às outras versões. Muitos recursos foram aprimorados como o visual, jogabilidade, acessibilidades, Dualsense, Áudio 3D e os extras.
É realmente a versão definitiva do primeiro jogo. O ponto negativo dessa edição infelizmente é o valor final cobrado no lançamento, que poderia ter sido melhor, chegando num preço mais atrativo para os jogadores que acompanham a saga e já possuam as outras versões.
De maneira geral, se você é fã e vai comprá-lo no lançamento, não haverá do que se arrepender. O jogo melhorou muito do que foi apresentado nas outras versões.