Dragon Age: The Veilguard seguiu a linha de jogos da franquia e conseguiu atrair o ódio de uma parcela da internet pela sua inclusão de pessoas trans no jogo. Tanto o jogador tem a opção de fazer o seu protagonista como uma pessoa trans, quanto um dos companheiros também acaba se descobrindo não-binário ao longo da história.
O fato é que a franquia nunca conseguiu se livrar desse tipo de atenção negativa. Em Dragon Age: Origins, Zevran é um assassino bissexual, pensado desde sua concepção em ser um cara sedutor ao estilo Antonio Banderas. Vários jogadores ficaram com raiva do personagem em 2009 por ele ativamente dar em cima de protagonistas masculinos, e alguns jogadores afirmam terem acabado fazendo sexo “acidentalmente” com Zevran, o que aumentou ainda mais o ódio em torno do personagem.
Dragon Age: Inquisition tem como um dos companheiros um homem gay, Dorian, no qual parte de sua narrativa tem foco na falta de aceitação de seu pai sobre sua sexualidade. Isso gerou tanta polêmica na época que David Gaider, criador da história da franquia, escolheu falar abertamente sobre ele mesmo também ser gay, e parte de sua história se refletir na de Dorian.
Mas todo esse ódio foi em uma quantidade muito menor da que vimos em The Veilguard, em tempos em que as redes sociais não tinham o poder que tem hoje.
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Corinne Busche diz que ódio a Dragon Age: The Veilguard é resultado de tempos altamente polarizados
A sua declaração veio durante uma entrevista ao Inverse, no qual o entrevistador trouxe o assunto sobre o discurso de ódio sofrido pelo jogo nas redes sociais. Busche concordou que é algo no qual deve ser discutido e destacou a importância de se fazer jogos inclusivos, nos quais todas as pessoas possam sentir que pertencem àquele lugar.
“É difícil. Eu cresci em uma época em que realmente parecia que estávamos lá para celebrar os jogos e viver essas experiências compartilhadas, e esse sentimento ainda está presente. Acho que o discurso que vemos hoje é o resultado de tempos altamente polarizados, e talvez seja um pouco ingênuo. Sei que é difícil quando você tem que se perguntar: “Este jogo é para mim? Eu pertenço aqui?” E os jogos são melhores quando podemos dizer: “Sim, você pertence aqui.“
Vale destacar que existem rumores de que Dragon Age: The Veilguard não foi um sucesso de vendas, mas Corinne Busche em nenhum momento comentou ou deu a entender que essa situação foi causada por conta da revolta em torno da presença de pessoas trans no jogo.