O aguardado port de God of War Ragnarok para PC finalmente chegou, trazendo o épico desfecho da jornada de Kratos e Atreus na mitologia nórdica para os jogadores de computador. O lançamento, que gerou grande expectativa, não foi uma tarefa simples. Em uma entrevista ao canal Digital Foundry, Matt DeWald, produtor da Santa Monica Studio, e Steve Tolin, diretor técnico da Jetpack Interactive, compartilharam detalhes sobre o processo de desenvolvimento que levou meses para ser concluído.
O processo de portabilidade para o PC
De acordo com a equipe da Santa Monica, o port de God of War Ragnarok para o PC foi uma tarefa que demandou entre 18 e 24 meses de trabalho. Embora o jogo original tenha sido lançado no final de 2022, a versão para PC exigiu uma série de ajustes e otimizações para garantir que os jogadores tivessem a melhor experiência possível.
Antes do lançamento do jogo, grande parte do trabalho foi focada em atualizar a engine para suportar o DirectX 12 (DX12). Essa atualização foi fundamental para garantir que o jogo pudesse rodar com alto desempenho nas variadas configurações de hardware dos PCs modernos.
“Estamos trabalhando nisso há cerca de 18 a 24 meses”, revelou Matt DeWald. “A maior parte do trabalho antes do lançamento de Ragnarok foi apenas para atualizar a engine para o DX12. Depois que Ragnarok foi totalmente lançado, pudemos fazer a transição completa e começar o verdadeiro processo de portabilidade”, explicou.
Otimizações e desafios técnicos
Um dos principais desafios enfrentados pela equipe foi garantir a estabilidade e o desempenho do jogo no PC. Um aspecto que chamou bastante a atenção foi o tamanho do jogo, que ocupa impressionantes 175 GB de espaço em disco. Para muitos jogadores, esse é um tamanho bastante elevado, mas há uma explicação técnica por trás disso.
No ambiente de PCs, a descompressão de arquivos pode ser uma faca de dois gumes. Diferente dos consoles, que possuem hardware dedicado para essa tarefa, o PC depende diretamente da capacidade de cada máquina. Isso gerou uma grande preocupação sobre o impacto que a descompressão poderia ter na experiência dos jogadores.
Segundo Steve Tolin, a equipe da Jetpack Interactive avaliou diferentes sistemas de descompressão, mas nenhum oferecia a estabilidade e o desempenho necessários. “No PC, não temos hardware dedicado para descompressão, então analisamos várias metodologias e sistemas de descompressão que poderíamos usar. Simplesmente não encontramos um que nos beneficiasse em termos de desempenho ou estabilidade”, explicou.
Para evitar problemas como queda de frames e travamentos, a solução encontrada foi não utilizar descompressão. Isso resultou em um jogo maior, mas com uma experiência mais fluida e estável para os jogadores. “Ocupa uma grande quantidade de espaço, mas é muito melhor do que proporcionar uma experiência ruim, com travamentos de frames ou outros problemas devido à descompressão”, completou Tolin.
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O lançamento de God of War Ragnarok para PC marca mais um importante passo da Sony em trazer seus principais títulos para essa plataforma. A expectativa é de que o jogo atenda às altas expectativas dos jogadores, que agora podem vivenciar o drama de Kratos e Atreus com a flexibilidade e personalização que o PC oferece. Fonte: Eurogamer